FILME PELÉ ETERNO

FILME PELÉ ETERNO
A prova definitiva de quem é o melhor jogador de sempre

terça-feira, 5 de maio de 2015

Pelé e George Best, os primeiros popstars da história do futebol



Pelé e George Best foram os primeiros popstars do futebol. 
Duas décadas antes de David Beckham, Cristiano Ronaldo e outros, Pelé e George Best, que além de serem gênios do futebol, eram tratados e recebidos como celebridades em qualquer lugar onde estivessem, num tempo onde não havia internets ou facebooks.

Pelé desde os 17 anos de idade, convive com a fama mundial que conquistou em 1958 após 4 brilhantes atuações nos últimos 4 jogos e 6 gols na Copa do Mundo da Suécia no mesmo ano. A partir daí, o Rei nunca mais teve um dia de sossego sem ter algum repórter ou fotógrafo da imprensa por perto.

Acerca de George Best, mais abaixo há uma pequena biografia explicando porque o homem que usava o número 7 no Manchester United se transformou num ícone e em uma lenda.


Eles também podiam ter sido companheiros de equipe no Manchester United em 1968.
Isto não aconteceu, mas podia ter acontecido ( ver  AQUI).

Os dois gênios do futebol jogaram um contra o outro na NASL na década de 70, 
Pelé jogou pelo NY Cosmos e George Best pelo LA Aztecs

Pelé e George Best eram amigos fora de campo, e rivais dentro de campo

Na temporada de 1976, no 1º jogo entre ambos, houve um empate de 0 x 0
 com 15 mil pessoas no estádio.



No 2º jogo, o Cosmos venceu por 6 x 0, com 25 mil pessoas a assistirem. 
Neste jogo, Pelé marcou 2 gols.




Na temporada de 1977, no 1º jogo entre ambos em New York, 
o Cosmos venceu por 5 x 2 com hat-trick de Pelé e 57 mil pessoas no estádio.

No jogo seguinte em Los Angeles, os Aztecs venceram por 4 x 1, 
com 32 mil pessoas nas arquibancadas.



Mas para quem ainda não conhece George
 Best, vale a pena ler esta pequena biografia e e ficar a saber porque Best é até os dias de hoje um ícone e uma lenda do futebol.


Há um ditado bastante popular na Irlanda do Norte que diz: 
“Maradona good. Pelé better. George Best”.
Exagero? Não. Licença poética.
Existem atletas que driblam e espantam mesmo parados. Esse rótulo de excepcional é aplicado apenas para quem pratica a arte que, sabe-se lá quando, lhe foi determinada. Trata-se da linha divisória e definitiva do bom jogador para o craque. Não basta bater recorde de jogos, gols e assistências se você não tem o acréscimo visível e identificável de craque. Aquele que faz a diferença.
Para olhos bem treinados e céticos, basta um passe, domínio ou chute para entender que você está diante de um fora de série. Eles simplesmente falam com os pés. Peito aberto, cabeça erguida e passadas largas. Assim surgem e consagram-se os grandes jogadores. Ganham títulos, fama e dinheiro. Alguns, descartáveis. Outros, eternos. Quem? Os que possuem personalidade.
E ninguém na história do futebol, juntamente com Pelé, uniu personalidade, capacidade e carisma como George Best.
George Best, em 1963, dando seus primeiros chutes com a camisa do Manchester United
George Best era irlandês. Natural de Belfast, a maior cidade da Irlanda do Norte. Sempre apresentou-se como fã do Manchester United. Por sorte, foi o próprio Manchester que o descobriu em 1961, quando Bob Bishop, lendário olheiro do time inglês, acompanhou uma partida de amadores em Belfast. “Encontrei um gênio pra você”, dizia o telegrama de Bob enviado para o técnico Matt Busby logo após o jogo.


O contrato do jovem George Best era de apenas duas semanas de testes em Old Trafford. Ele ficou dois dias. A saudade bateu mais forte e o instinto de adolescente o fez voltar para casa. Mas Busby já havia visto o suficiente e partiu para a Irlanda com a missão de buscar a promessa. Conseguiu. E construiu um trio de ataque que imortalizou os diabos vermelhos: Bobby Charlton, Denis Law e George Best.



A consagração com a camisa do Manchester veio cedo. Já em 1963 foi campeão da Copa da Inglaterra. O ponto de partida para George Best surgir como o queridinho da imprensa. Seu estilo falastrão era muito popular entre os torcedores. Irônico, jamais comprometeu dentro de campo após os discursos exagerados e frases de impacto. Habilidoso, rápido, decisivo, líder e muito disciplinado, Best alcançou um nível de exibição que tolerava todas as extravagâncias extra-campo. Foi, durante a década de 60, o Pelé politicamente incorreto na Europa.
Era fácil ser George Best.

Afinal, ele era rico, famoso e bonito. A vida era dividida em festas, corridas com carros esportivos e muitas, muitas mulheres. Ele era o David Beckham daquela época, sem exagero nenhum. E todos o amavam. As mulheres o queriam e os homens queriam ser ele. Mas é claro que há um limite. E Best chegou até ele, especialmente quando os exageros geraram conflitos com a carreira de jogador.



Era claro que o dom de Best vinha acompanhado de uma tendência destrutiva. Do mesmo modo que ele queria superar a todos dentro de campo, fazia o necessário para ser o melhor quando saia a noite. Os limites foram ficando cada vez mais escassos. 
O quinto Beatle:-)

De tão pop-star, popular e polêmico,  Best havia sido o primeiro jogador de futebol inglês a sair dos cadernos de esportes para ser capa de jornal e ele começou a ser chamado de 
o 5º Beatle.


O início da destruição
O futebol começou deixar Best aborrecido.
Ele despertou um lado empresário e abriu diversas sociedades na Inglaterra. Investiu em casas noturnas, lojas de grife e até uma pequena empresa de aviões. Administrando de longe seus patrimônios e ainda jogando pelo Manchester, começou a exagerar nas noitadas e ausência de treinos. Ganhou fama de bêbado, mulherengo e apostador.

Apesar de Bobby Charlton manifestar publicamente diversas vezes que era contra as atitudes de Best, o irlandês tinha a proteção de Matt Busby — então diretor técnico do Manchester — e dos próprios fans do Man United. Os poucos momentos que Best apresentava-se em campo compensavam os jogos perdidos. 


O brilhantismo do atleta era considerado um patrimônio público da cidade de Manchester.
Contudo, essas regalias acabaram com a chegada do novo treinador Tommy Docherty. 
A atitude da direção rendeu um pedido de dispensa de Best. Ele até ameaçou uma volta no ano seguinte, mas, com 27 anos, novamente se desentendeu com Docherty e anunciou o encerramento da carreira. Ou pelo menos o primeiro deles. 


A partir de 1975, Best teve passagens rápidas por times da Irlanda, África do Sul, Estados Unidos, Austrália e novamente na Inglaterra.
Seguiu jogando sem o mesmo brilho até 1984, quando fez seu último jogo oficial com a camisa do Tobermore United.
Mesmo fora de campo, Best continuou sendo o maior símbolo do futebol da Irlanda do Norte. Uma campanha foi executada para que o técnico Billy Bingham levasse o veterano à Copa do Mundo de 1982. Sem sucesso. O jogador defendeu a Irlanda em 37 jogos, mas nunca teve a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo... e a Copa do Mundo deixou de ter em sua história um dos maiores jogadores de todos os tempos, é pena.
Sempre rodeado de mulheres, Best foi um mestre do marketing pessoal

Pois a Copa do Mundo deixou de ter mais do que um nome. Deixou de ter um símbolo de mudança no perfil de jogador de futebol. Best transformou o grande jogador em craque. Assim como Pelé, Best também transformou o jogador de futebol em celebridade. Sem referências, sem ídolos, sem imitações. Apenas fazendo o que fazia de melhor e falando o que achava mais propício.



Falar era uma especialidade de Best. Assim, imortalizou frases e comentários. Alguns recentes, como essa durante a Copa de 1998:
"O David Beckham não sabe rematar com o pé esquerdo, não sabe cabecear, não sabe fazer faltas e não marca muitos gols. Fora isso, é um bom jogador."

Outros clássicos, até hoje relembrados por beberrões e playboys convictos :
"Dizem que tentei dormir com sete Misses Mundo. Não é verdade. Foram apenas quatro. As outras três é que vieram atrás de mim. Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros rápidos. O resto, esbanjei."
Simply the best
Em 2002, destruído pela cirrose, Best teve que receber um transplante de fígado. A cirurgia foi um sucesso, mas o ex-jogador voltou a beber poucos meses depois. Em outubro de 2005 foi internado no hospital Cromwell, em Londres, com sérios problemas nos rins. O estado grave foi noticiado pela imprensa e logo jogadores de todo o mundo foram ao hospital se despedir do ídolo.


Pelé e George Best numa gala da FIFA em 2004.

Inclusive Pelé.
O maior de todos os tempos esteve no início de novembro em Londres. Conversou com Best, relembrou das temporadas nos Estados Unidos, desejou-lhe força e deixou uma carta. Pediu que o envelope fosse aberto somente após a despedida.
Com Pelé já fora do hospital, Denis Law, amigo de Best, abriu o envelope. 
A carta continha uma mensagem de apoio com desejos de melhoras. 
E a seguinte assinatura:
"Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé."
Best sorriu, olhou para o teto do hospital e disse:
Esse foi o último e melhor brinde da minha vida.


O ex-jogador morreu em 25 de novembro de 2005. Homenageado por multidões e políticos como grande estrela, foi enterrado com 59 anos ao lado da mãe na sua Belfast natal. 
Cinco dias antes, um gesto marcante. Deixou-se fotografar pela imprensa em seu estado lamentável e disse uma única frase. 
"Não fiquem como eu” (A foto pode ser vista AQUI.)

Não fiquem como Best. Mas aprendam com o que ele fez. E inspirem-se no melhor.

Como já estava escrito lá em cima, Pelé e George Best podiam ter sido companheiros de equipe no Manchester United em 1968 ( ver AQUI).
Se as coisas tivessem corrido bem e Pelé tivesse ido jogar na Inglaterra, 
talvez esta estátua abaixo tivesse mais um elemento:-)



Os muitos vídeos e documentários sobre George Best podem ser vistos AQUI e AQUI


1 comentários:

Matheus disse...

Oi. Estou postando esse comentário que escrevi anteriormente de novo e na página mais atual do site porque gostaria muito que me respondesse.
Só não sei se aquele Fluminense era melhor que o Barcelona da Guardiola. Agora, me responda: O Milan de Sacchi foi tão excepcional quanto dizem? Porque não ganhou os campeonatos italianos nas temporadas em que conquistou as Ligas dos Campeões e chegou a perder contra times fracos no campeonato local se era tão espetacular quanto dizem? Afinal, está sempre entre os cinco melhores da história em todas as listas que são feitas. A segunda liga que aquele Milan conquistou foi de forma bem sofrida. Não achei que jogou bem na final. E na primeira, poderia ter caído para o Estrela Vermelha, que era um timaço, mas esperava mais do Milan. Nessa mesma Liga só venceu o Werder Bremem por apenas 1 x 0. Penso que é exagero de alguns dizer que aquela equipe se tornou lendária só por causa dos jogos contra Real e Steua. Mas, você que viu aquele Milan de 1988-1990 jogar, me diga tudo o que acha daquele time, o que você viu, o que pôde acompanhar, o que descobriu depois, técnico, elenco, jogadores, estilo de jogo, tudo que você souber, além de sua opinião sobre aquele time, tá? Agora, essas listas que revistas europeias fazem de melhores times de todos os tempos são a prova de que eles puxam a sardinha para o seu lado. Não dá para entender Santos atrás da Internazionale. O consolo é que as revistas sul-americanas também fazem a mesma coisa. Obrigado.

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