FILME PELÉ ETERNO

FILME PELÉ ETERNO
A prova definitiva de quem é o melhor jogador de sempre

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Carlos Drummond de Andrade sobre Pelé (II)

Carlos Drummond de Andrade escreveu no Jornal do Brasil em 28 de novembro de 1969,

um texto de título  Pelé 1.000 (referência ao gol de número 1.000 do Rei) .

Bola do milésimo gol de Pelé

PELÉ: 1000
O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. 
É fazer um gol como Pelé. Aquele gol que gostaríamos tanto de fazer, 
que nos sentimos maduros para fazer, mas que, diabolicamente, 
não se deixa fazer. O gol.

Que adianta escrever mil livros, como simples resultado de 
aplicação mecânica, mãos batendo máquina de manhã à noite, 
traseiro posto na almofada, palavras dóceis e resignadas ao uso 
incolor? O livro único, este não há condições, regras, receitas, 
códigos, cólicas que o façam existir, e só ele conta – negativamente – 
em nossa bibliografia. 

Romancistas que não capturam o romance, 
poetas de que o poema está-se rindo a distância, pensadores que 
palmilham o batido pensamento alheio, em vão circulamos na pista 
durante 50 anos. O muito papel que sujamos continua alvo, alheio 
às letras que nele se imprimem, pois aquela não era a combinação 
de letras que ele exigia de nós. E quantos metros cúbicos de suor, 
para chegar a esse não-resultado! 

Então o gol independe de nossa vontade, formação e mestria? 
Receio que sim. Produto divino, talvez? Mas, se não valem 
exortações, apelos cabalísticos, bossas mágicas para que ele se 
manifeste... Se é de Deus, Deus se diverte negando-o aos que o 
imploram, e, distribuindo-o a seu capricho, Deus sabe a quem, 
às vezes um mau elemento. 

A obra de arte, em forma de gol ou 
de texto, casa, pintura, som, dança e outras mais, parece antes 
coisa-em-ser da natureza, revelada arbitrariamente, quase que 
à revelia do instrumento humano usado para a revelação. Se a 
obrigação é aprender, por que todos que aprendem não a realizam? 

Por que só este ou aquele chega a realizá-la? Por que não há 11 Pelés 
em cada time? Ou 10, para dar uma chance ao time adversário?
O Rei chega ao milésimo gol (sem pressa, até se permitindo o 
charme de retificar para menos a contagem) por uma fatalidade à 
margem do seu saber técnico e artístico. 

Na realidade, está lavrando 
sempre o mesmo tento perfeito, pois outros tentos menos apurados 
não são de sua competência. Sabe apenas fazer o máximo, e quando 
deixa de destacar-se no campo é porque até ele tem instantes de 
não-Pelé, como os não-Pelés que somos todos. 

Carlos Drummond de Andrade sobre Pelé (I)

Estas são as palavras de Drummond escritas no Jornal do Brasil em 20 de julho de 1971, após o jogador declarar que não atuaria mais pela seleção brasileira.
Letras louvando Pelé




Pelé, pelota, peleja. Bola, bolão, balaço. Pelé sai dando balõezinhos. Vai, vira, voa, vara, quem viu, quem previu? GGGGoooollll.
Menino com três corações batendo nele, mina de ouro mineira. Garoto pobre sem saber que era tão rico. Riqueza de todos, a todos doada, na ponta do pé, na junta do joelho, na porta do peito.
E dança. Bailado de ar, bola beijada, beleza. A boa bola bólide, brasil-brincando. A trave não trava, trevo de quatro, de quantas pétalas, em quantas provas, que não se contam? Mil e muitas. Mundo.
O gol de letra, de lustre, de louro. O gol de placa, implacável. O gol sem fim, nascendo natural, do nada, do nunca; se fazendo fácil na trama difícil, flóreo. Feliz. Fábula.
Na árvore de gols Pelé colhe mais um, romã rótula. No prato de gols papa mais um, receita rara. E não perde a fome? E não periga a força? E não pesa a fama?
Ama.
Ama a bola, que o ama, de mordente amor. Os dois combinam, mimam-se, ameigam-se, amigam-se. “Vem comigo”, e entram juntos na meta. Quem levou quem? Onde um termina e a outra começa, mistura fina?
Saci-pererê, saci-pelelê, só pelé, Pelé, na pelada infantil. Assim se forma um nome, curto, forte, aberto. Saci com duas pernas pulando por quatro. Nunca vi. Nem eu. Mas vi. Saci corta o ar em fatias diáfanas. Corta os atacantes os defensores, saci-bola, tatu-bola, roaz, reto, resplandece.
A arte que se tira do corpo, as belas-artes do movimento, do ritmo. Músculos, nervos, tecidos, domados, acionados. Reflexos em flor, florindo sempre. Escultura que a todo instante se modela e desfaz e refaz, diferente, fluida. Pelé, escultor de si mesmo. A esmo. Errante. Constante. Presente. Presciente. Próvido.
O sonho de todas as crianças a envolvê-lo. O sonho a continuar nos adultos, novelo, desvelo. Não é do Santos, é de todos os santos e pecadores. Sua foto leal, seu jeito legal. Um que sabe e não é prosa: a maior proeza.
Não quer tomar pileques de glória, vai para sua casa, seu povinho, seu que-fazer. Deu tanta alegria que precisa viver a sua. Chamada paz. Não pode? Pode. Não deve? Claro que deve. E nós lhe devendo tanto, ainda iríamos lhe cobrar mais uns quantos?
Mas leva a bola consigo, sem camisa amarela; só ela. Vai jogar em família, com seu clube, sua paz, seu número dez.
A bola não fica triste, a bola alegre resiste. Vai conversando com ele: Agora estamos mais livres? Vamos viver mais pra nós? A bola indaga; tem voz.
Pois é, responde Pelé. O nome rima no ar. Nome fácil de guardar. De dizer. Os sons se cruzam, se abraçam: Pelé no Maracanã.
O imenso coro ressoa. Pe-lé. Pe-lé. Pe-lé.
Até
amanhã.
Não é adeus, é até.
logo, Pelé, até.
No Maraca, na esperança, no mundo, o nome, a lembrança, a presença de Pelé.

DESPEDIDA DE PELÉ DA SELEÇÃO BRASILEIRA - VÍDEO

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O RECRUTA 201 NASCIMENTO

PELÉ, O RECRUTA NASCIMENTO!


Poucos sabem, mas, já campeão mundial, Pelé serviu ao Exército Brasileiro. 

Consagrado como o Rei do Futebol na Suécia, 

o astro foi incorporado  em 1959 ao 6º Grupo Motorizado de Artilharia de Costa (6º GMAC), 

na Fortaleza Itaipu, localizada na Praia Grande, em Santos.

































O Soldado 201 Nascimento prestou o serviço militar obrigatório e, claro, 

jogou pela seleção das Forças Armadas, pela qual marcou quatro gols 

e conquistou o Campeonato Sul-Americano Militar daquele ano.

Pois é, além da obra ímpar na história do futebol, 
o Rei ficou 6 meses sem jogar futebol profissional devido ao serviço militar.

Mais uma faceta desconhecida do melhor jogador de todos os tempos, 
a quem muitos tentam retirar méritos ... e golos.
Estes 6 meses nas Forças Armadas ainda melhoram e muito as estatísticas do Rei,
se descontarmos este período na sua brilhante e ímpar carreira.

Confira algumas imagens de Pelé no Exército.






































Jô Soares entrevista Pelé

Jô Soares entrevista Pelé em 11-11-2011.

sábado, 5 de outubro de 2013

Jogadas de Pelé ( II )

Mais jogadas geniais de REI.
Note-se neste vídeo que autor apenas se preocupou em mostrar
as assistencias, visão de jogo, passes e lançamentos precisos,

Por estas e outras coisas é que Pelé foi o melhor de todos os tempos,
pois podia jogar em qualquer posição, até mesmo de goleiro.
Como no post anterior, vi alguns tocarem partes deste repertório,
mas nunca vi nenhum com TODO este repertório.

Jogadas de Pelé ( l )

Neste vídeo, podem ver muitas jogadas geniais, que não estão no filme PELÉ ETERNO,
a obra definitiva sobre a vida do REI.
Algumas não resultaram em gols, mas mostram claramente a arte e a magia do
melhor de todos os tempos.
Já vi alguns jogadores "tocarem" algumas partes deste repertório, 
mas nunca vi nenhum jogador com um repertório tão completo.

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