Esta versão da história é a mais detalhada. A data do jogo e a competição foram "gentilmente corrigidas" pelo PC Filho do excelente blog tricolor Jornalheiros
Jogando pelo Santos em 16/02/1963, no Maracanã,
contra o Vasco da Gama pelo Torneio Rio-São Paulo,
Pelé foi protagonista de um caso interessante, segundo a crônica esportiva da época.
Jogando pelo Santos em 16/02/1963, no Maracanã,
contra o Vasco da Gama pelo Torneio Rio-São Paulo,
Pelé foi protagonista de um caso interessante, segundo a crônica esportiva da época.
Pelé e Fontana |
O Santos, sempre um timaço, verdadeira constelação de astros como Pelé, Dorval, Coutinho, Pepe, Mengálvio, Zito, Clodoaldo, Gilmar e outras feras, esbarrava na defesa do bom time do Vasco da Gama, integrada por Pedro Paulo, Ferreira, Brito, Fontana e Lourival.
Eram sempre destaque em revistas e jornais |
O Brito e o Fontana, os dois "xerifes" do miolo de zaga, titulares absolutos da seleção brasileira, impunham o maior respeito aos atacantes, jogando duro mas com lealdade.
Dizem que Fontana naquela época, além de fazer o tipo galã com muito sucesso entre as mulheres, também tinha a fama de "falastrão".
O Vasco ganhava a partida por 1 x 0, no primeiro tempo, e dava um show de bola no Santos.
E ao iniciar-se o segundo tempo o Santos partiu pra cima do Vasco como um rolo compressor, disposto a virar o jogo.
Mas a defesa do Vasco da Gama estava firme como rocha, bem postada, sob o comando da dupla de gigantes, Brito e Fontana, os quais começaram a gozar o ataque santista, objetivando enervar Pelé, pois já haviam notado que neste jogo, as coisas não estavam dando certo para o Rei.
E quando o Vasco fez o 2º gol aos 25 minutos do 2º tempo, as provocações se intensificaram.
- Brito, a minha mãe disse que o Rei vinha hoje no Maracanã e pediu-me para levar uma lembrança.
Você viu algum Rei por aí? ..., perguntava alto e sorridente o Fontana, buscando Pelé com olhar matreiro.
- Não tou vendo ninguém de coroa, Fontana, não tô vendo não!...respondeu Brito.
Aquilo foi mexendo com a fera, que saiu do meio e foi atuar pelo lado direito do campo,
para atrair as marcações para si, e abrir espaços pelo meio e pela esquerda do ataque santista.
E as provocações não paravam:
- Então Brito, voce viu o Rei por aí?
-Vi não Fontana, vi não, acho que fugiu!
E o Rei se desdobrava, recuando, buscando jogo, tabelando com seus pares, driblando, chutando, fazia das tripas coração, mas as coisas continuavam não dando certo.
E faltando 5 minutos para o fim da partida, já calculando que o Vasco venceria o jogo,
as provocações dos dois "xerifes" continuavam.
Um minuto depois, num ataque do time santista,
o ponta esquerda Pepe pelo lado esquerdo, viu Pelé do outro lado completamente livre
o ponta esquerda Pepe pelo lado esquerdo, viu Pelé do outro lado completamente livre
e fez um lançamento milimétrico pelo alto que Pelé emendou de primeira
e estufou as redes do Vasco, diminuindo a diferença.
Faltavam ainda 3 minutos para jogar.
Mal recomeçou a partida, Pelé roubou a bola na sua própria intermediária, e saiu driblando tudo e todos que lhe apareceram pela frente, e entrou com bola e tudo, fazendo 2 x 2!
Aí foi ao fundo das redes, apanhou a pelota. Ao passar pelo Fontana, no meio do caminho, entregou-lhe a bola dizendo:
- Toma aí, Fontana! Leva pra tua mãe e diz pra ela que foi o Rei quem mandou! ...
Na reportagem abaixo feita na época pela revista VEJA,
isto poderia ter afetado o ambiente da seleção para a Copa de 70.
O capitão do TRI, Carlos Alberto Torres, o "pequeno gigante" Wilson Piazza
e o TRI Campeão Mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet,
dão a sua versão desta história.
As conhecidas desavenças entre Pelé e o zagueiro Fontana quase desestabilizaram a concentração brasileira antes da Copa.
Num jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo, Vasco da Gama e Santos se enfrentavam no Maracanã. Os torcedores acompanhavam um show de bola do time carioca, que vencia por 2 a 0. Em campo, Pelé, num dia menos inspirado, pouco produzia.
Fontana resolveu tirar uma casquinha do jogador e perguntou para Brito, seu companheiro de zaga:
- Não falaram que nesse time do Santos jogava um cara que dizem que é rei?
- Pois é, mas parece que ele não veio jogar hoje, respondeu Brito.
Os dois caíram na gargalhada e repetiram a provocação muitas vezes ao longo do jogo. Do outro lado, Pelé ouvia as chacotas dos adversários.
Faltando cinco minutos para o término da partida, Pelé, já irritado, marcou dois gols e empatou o jogo. Na segunda vez que chegou às redes, foi lá, pegou a bola e a entregou para o Fontana.
- Tá vendo essa bola? Entrega para a sua mãe e diz que foi um presente do rei.
À noite, quando a maioria dos jogadores já havia esquecido do episódio,
Pelé convocou uma reunião depois do jantar e pediu a palavra:
- O clima aqui na seleção é maravilhoso e não sou eu quem vai estragá-lo, começou. Acho que alguns de vocês ouviram o que o Fontana disse no treino de hoje.
Eu não gosto desse tipo de comentário. Quero que ele exponha aqui, na frente de todos, as diferenças que tem comigo.
Todos viraram em direção ao zagueiro - que permaneceu calado. O episódio serviu para unir ainda mais os jogadores.
Na reportagem abaixo feita na época pela revista VEJA,
isto poderia ter afetado o ambiente da seleção para a Copa de 70.
O capitão do TRI, Carlos Alberto Torres, o "pequeno gigante" Wilson Piazza
e o TRI Campeão Mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet,
dão a sua versão desta história.
As conhecidas desavenças entre Pelé e o zagueiro Fontana quase desestabilizaram a concentração brasileira antes da Copa.
- O capitão Carlos Alberto Torres lembra até hoje de um dos episódios que deu origem a "inimizade".
Num jogo válido pelo Torneio Rio-São Paulo, Vasco da Gama e Santos se enfrentavam no Maracanã. Os torcedores acompanhavam um show de bola do time carioca, que vencia por 2 a 0. Em campo, Pelé, num dia menos inspirado, pouco produzia.
Fontana resolveu tirar uma casquinha do jogador e perguntou para Brito, seu companheiro de zaga:
- Não falaram que nesse time do Santos jogava um cara que dizem que é rei?
- Pois é, mas parece que ele não veio jogar hoje, respondeu Brito.
Os dois caíram na gargalhada e repetiram a provocação muitas vezes ao longo do jogo. Do outro lado, Pelé ouvia as chacotas dos adversários.
Faltando cinco minutos para o término da partida, Pelé, já irritado, marcou dois gols e empatou o jogo. Na segunda vez que chegou às redes, foi lá, pegou a bola e a entregou para o Fontana.
- Tá vendo essa bola? Entrega para a sua mãe e diz que foi um presente do rei.
- Wilson Piazza, que acabou substituindo Fontana na Copa, relata um caso ocorrido durante os treinamentos, quando as históricas pendengas vieram à tona.
À noite, quando a maioria dos jogadores já havia esquecido do episódio,
Pelé convocou uma reunião depois do jantar e pediu a palavra:
- O clima aqui na seleção é maravilhoso e não sou eu quem vai estragá-lo, começou. Acho que alguns de vocês ouviram o que o Fontana disse no treino de hoje.
Eu não gosto desse tipo de comentário. Quero que ele exponha aqui, na frente de todos, as diferenças que tem comigo.
Todos viraram em direção ao zagueiro - que permaneceu calado. O episódio serviu para unir ainda mais os jogadores.
- Num programa de TV em 1997, o vascaíno Nélson Piquet encontrou Pelé e declarou:
2 comentários:
Meu caro, pesquisei meu histórico do confronto Santos x Vasco, e concluí que este jogo foi o do dia 16/02/1963, válido pelo Torneio Rio-São Paulo daquele ano.
Tudo encaixa: o Vasco vencia por 2 a 0, e Pelé empatou com dois gols nos minutos finais. Além disso, foi o único 2 a 2 entre Vasco e Santos na época, no Maracanã.
Sem dúvida, essa é uma das grandes histórias do Rei. :)
Grande PC, e a história de Piquet bate certinho.
Na altura desse jogo, Piquet tinha 11 anos de idade...
Vou corrigir o texto.
Por falar em corrigir, já dizia Ghandi:
Quando voce corrige um sábio, mais sábio fica o sábio.
Quando voce corrige um ignorante, voce ganha um inimigo...
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