Extraído do GLOBOESPORTE.GLOBO.COM
O dia em que as chuteiras do gol 1.000 de Pelé foram parar numa lixeira
Chuteiras do Rei do Futebol foram confundidas com as chuteiras de um 'fotógrafo' da editoria de fotografia de um tradicional jornal carioca
Veja abaixo, em quadrinhos a saga das chuteiras do Rei
PS:para melhor visualizar o desenho acima, clique AQUI
O "salvador da pátria", que por pouco não virou o vilão da história, foi Jorge Odilar, 45 anos, hoje coordenador da fotografia do "Jornal do Brasil". Na época, ele chefiava o laboratório. Botava ordem. Gostava de tudo organizado. Em 1990, numa quarta-feira à tarde, dia da semana em que os fotógrafos participavam do tradiconal jogo de futebol amador entre eles no bairro da Lagoa à noite, tudo parecia tranquilo até um par de chuteiras em estado ruim chegar em cima da mesa do editor de fotografia.
- Quando eu cheguei, estavam lá, jogadas na mesa. Os fotógrafos tinham mania de deixar tudo espalhado no dia em que jogavam futebol. Largavam bolsa, uniforme, tudo de qualquer maneira... Eu cansava de pedir para eles não fazerem aquilo. Naquele dia, não aguentei: aquelas chuteiras estavam bem velhas, sujas, contorcidas. Como ninguém apareceu para pegá-las, joguei na cesta do lixo.
O tempo passou até que entrou na sala o editor de fotografia, Rogério Reis.
- Jorge, você viu por aí aquelas chuteiras que estavam em cima da mesa?
- Não, vi não. Por quê? - disse o chefe do laboratório, já prevendo o pior.
O tempo passou até que entrou na sala o editor de fotografia, Rogério Reis.
- Jorge, você viu por aí aquelas chuteiras que estavam em cima da mesa?
- Não, vi não. Por quê? - disse o chefe do laboratório, já prevendo o pior.
- Oh não. São as chuteiras que o Pelé usou quando marcou o milésimo gol. Vamos produzir umas fotos no estúdio para uma matéria na revista de Domingo. Precisamos encontrá-las.
A resposta do editor teve o efeito de uma bomba atômica para Odilar, que gelou mais ainda ao olhar para a cesta de lixo onde jogou as chuteiras e não encontrá-las. E antes que o pavor de não resolver a questão o imobilizasse, tratou de agir rapidamente. A sede do jornal, na época, era em um gigantesco prédio da Avenida Brasil, na zona portuária do Rio.
- Desci e fui para o pátio do lixo. Tinha que ver no contentor de lixo. As pessoas que passavam me viam mexendo e gritavam "O que que tá fazendo aí, maluco?". Eu continuava procurando...
Mas a chuteira não apareceu. Apavorado, o chefe do laboratório subiu já prevendo o pior: a demissão. Mas teve uma última ideia. Lembrou que no fundo do laboratório, onde se encontravam os produtos químicos para revelação, costumavam ficar uns sacos de lixo amarrados, antes de irem para o contentor de lixo. Odilar entrou rapidamente, desamarrou-os e começou a busca incessante. A desculpa, para o pessoal todo, é que procurava um filme que havia desparecido. O final foi feliz.
- Ali, finalmente, encontrei as chuteiras, mas não disse nada para ninguém. Limpei as chuteiras e botei debaixo da mesa do Rogério. Mais tarde, me perguntou se eu tinha encontrado. Aí eu falei pra dar uma olhada na sala dele que o fotógrafo poderia ter colocado por lá num lugar que não tivesse procurado. Ele foi, encontrou e ficou tudo resolvido. Mas só agora vai ficar sabendo da verdadeira história - disse, às gargalhadas, pelo telefone.
AQUI ABAIXO, A DIVERTIDA HISTÓRIA EM INGLÊS
- Ali, finalmente, encontrei as chuteiras, mas não disse nada para ninguém. Limpei as chuteiras e botei debaixo da mesa do Rogério. Mais tarde, me perguntou se eu tinha encontrado. Aí eu falei pra dar uma olhada na sala dele que o fotógrafo poderia ter colocado por lá num lugar que não tivesse procurado. Ele foi, encontrou e ficou tudo resolvido. Mas só agora vai ficar sabendo da verdadeira história - disse, às gargalhadas, pelo telefone.
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