PELÉ: o golo nº 1000 foi de «penalty»
👉Apesar de ser a mesma língua, reparem nas diferenças dos termos usados em Portugal e no Brasil ( destacados em negrito ).
E na época, diario não tinha acento agudo e Lisboa tinha acento circunflexo na letra o.
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RIO DE JANEIRO, 20 - Pelé, o famoso jogador de futebol brasileiro, marcou, a noite passada, o seu 1000º golo, ao converter uma grande penalidade.
Os espectadores que enchiam o Estádio do Maracanã, com capacidade para 200.000 pessoas, ergueram-se dos seus lugares e invadiram o relvado quando o árbitro Manoel de Lima autorizou que o jogo fosse interrompido.
Pelé foi levado aos ombros dos espectadores, com os fotógrafos esforçando-se por conseguir tirar retratos da ocasião.
Registava um empate a uma bola no desafio entre o Santos, a equipa do "rei", e o Vasco da Gama quando Eberval fez falta sobre Pelé na grande área.
A falta ocorreu aos 78 minutos de jogo, e Pelé não perdoou, convertendo a grande penalidade.
Um ambiente de carnaval reinava no Estádio, o santuário do futebol brasileiro, quando o início do jogo sofreu um atraso de quase meia hora, devido a cerimônias que se realizaram antes do encontro, e aos fotógrafos que invadiram o campo para tirar retratos ao famoso jogador.
Um batalhão de fuzileiros navais efectou um exercício no meio do Estádio, acabando por formar as palavras "Rei Pelé", após o mais célebre jogador de futebol do mundo hastear a bandeira do Brasil.
"Quando marquei, esta noite, o meu 1000º golo, pensei em todas as crianças do mundo, em todos os que sofrem necessidades" - declarou Pelé à saída do terreno, depois de ter marcado o famoso golo.
Muito calmo até esta altura, Pelé, então, não pôde reter a sua comoção, e, ao pronunciar estas palavras, tinha a voz embargada pelos soluços.
👉Como puderam ler neste jornal de Lisboa, capital de Portugal, assim como em todos os jornais brasileiros e europeus que publiquei até agora, também não está escrito "gol oficial" ou gol não-oficial" em nenhuma parte do texto.
É porque na altura não existia essa estatística de "gol oficial" e "gol não-oficial".
Portanto nenhum jornal ou ninguém poderia escrever, falar ou comentar sobre uma coisa que... não existia.
LINK DIARIO DE LISBÔA | 20/11/1969, página 21 👉AQUI
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