Lembro de uma imagem que vi, da final da Copa de 58. O Pelé mata uma bola na área, vem um marcador…ele, então, dá um chapéu e faz o gol. O lance é simplesmente sensacional! Isso tudo aos 17 anos de idade e numa final de Copa do Mundo…Imagino a pressão! Era preciso muita ousadia e talento pra fazer isso. Acho que momentos como esse mostram que o Pelé era um jogador diferente, mesmo…especial – o nosso Rei do futebol. Não é à toa que, hoje, quando você vai para qualquer lugar do mundo e diz que é do Brasil, as pessoas logo perguntam pelo Pelé. Lembro também na Copa de 70, quando ele tenta fazer um gol do meio do campo e a bola passa raspando… outro momento é histórico… Depois, vários jogadores tentaram fazer o mesmo…
Patrícia Poeta
Apresentadora – Fantástico – TV Globo – Rio de Janeiro (RJ)
Como faria se me fosse dado /
Escolher um rei dentre todos /
Que pelo tempo jamais açoitado /
Reinasse no trono de Cronos? //
Forjaria num molde de bronze / Um tipo atlético, de meia altura
A reunir num habilidade de onze / Negra efígie de larga cintura
Poeta, compositor, escultor / plástico e ágil como pantera / Usasse em sua arte maior / Objeto sem reparo, uma esfera // Que no ápice da própria história / bradasse entre todos, e de pé / um belo clamor de esperança //
Que olhasse por nossas crianças
Se a mim fosse dada essa glória / moldaria, decerto, Pelé;
Ugo Braga
Editor de Esportes – Correio Braziliense – Brasília (DF)
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RENATO MAURÍCIO PRADO |
O momento de Pelé que mais me marcou foi, sem dúvida, a Copa de 70, no México. À frente daquela que, em minha opinião, foi a melhor seleção brasileira de todos os tempos, o Rei fez valer toda sua majestade, com atuações inesquecíveis, coroadas por gols decisivos e jogadas antológicas, como o chute do meio-de-campo, contra a Tchecoslováquia, e o drible, sem bola, no goleiro Mazurkievic, do Uruguai, cujo lance concluiu com um chute que saiu, caprichosamente, rente à trave. Pelé foi tão sublime naquele Mundial que até seus “não gols” entraram para a história do futebol.
Renato Maurício Prado
Colunista – O Globo / Comentarista SporTV – Rio de Janeiro (RJ)
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MILTON LEITE |
Eu só tinha 11 anos de idade na Copa de 70, no México. Foi ali que me apaixonei definitivamente pelo futebol. E meus olhos de menino transferiram para minha memória a imagem de um Pelé quase super-homem. Tão forte, tão genial, com a visão tão apurada e à frente dos outros. Ainda em preto e branco, aqueles lances espetaculares que entraram para a história sem terem sido transformados em gols. Quem mais poderia conseguir isso, se não um super-homem? Pelé contribuiu decisivamente para que eu passasse a ter o futebol entre as minhas paixões.
Milton Leite
Narrador – SporTV / PFC – São Paulo (SP)
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ODIR CUNHA |
Eu vi Pelé jogar.
Em um contra-ataque, ele recebeu a bola antes do meio-campo, olhei para os lados e percebi que o estádio todo já estava de pé.
Odir Cunha
Jornalista e escritor
São Paulo (SP)
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JAIR BALA |
Parabéns, muitas felicidades. Você merece todo sucesso alcançado. Foi uma honra ter feito parte da sua história. Que Deus continue iluminando sua vida.
Jair Bala
Ex-jogador do Santos F.C.
Belo Horizonte (MG)
Em campo, Pelé foi absolutamente magistral, incomparável. Guardo em minha memória afetiva inúmeros momentos, já que o vi atuar centenas de vezes quando criança e adolescente nos estádios, especialmente no aconchegante Pacaembu e no Morumbi. “In loco”, o momento mais marcante foi o gol que ele marcou contra a Portuguesa de Desportos, no Pacaembu, na vitória de virada por 3×2, em 1972 ou 73. Subiu, de costas para o gol, matou a bola no peito e, sem deixá-la tocar no chão, virou de perna esquerda, acertando um voleio fortíssimo no ângulo superior direito de um perplexo Zecão, goleiro da Lusa. A certeza que temos diante da inexorabilidade da morte é a mesma que carrego em relação a Pelé: nunca haverá um jogador como ele.
Hélio Alcântara
Editor – Grandes Momentos do Esporte – TV Cultura (São Paulo – SP)
Sem dúvida, Pelé foi o maior gênio que o futebol conheceu até os dias de hoje.
Não há como compará-lo a ninguém e o mundo inteiro sabe disso.
Foram muitas conquistas e grandes jogadas ao longo da sua vitoriosa carreira.
Agora, “aquele” passe para Carlos Alberto fechar a conquista do tri, no México, foi fantástico. A bola foi colocada num espaço vazio e encontrou os pés do capitão.
Outro fator positivo para Pelé foi cuidar da saúde, não se envolver em polêmicas e nem em baladas.
Por isso e muito mais, chega aos 70 anos com vida saudável e muita energia positiva. Exemplo para muitas gerações.
Pessoa Junior
Editor de Esportes – Correio da Paraíba (João Pessoa – PB)
Para mim, o momento mais interessante da sua carreira é quando, depois da Copa de 70, ele faz um jogo com seus amigos de Baquinho e finalmente consegue fazer o gol que não fez contra o Uruguai, aquele onde ele dá um drible no goleiro sem tocar na bola. Não foi num campo oficial, mas a cena existe numa filmagem amadora, e mostra que ele, como um artista do corpo e do movimento, tenta repetir o ato perfeito até consegui-lo.
José Roberto Torero
Escritor, cineasta e colunista – UOL – São Paulo (SP)
Uma pena que a maior personalidade brasileira de todos os tempos não tem justamente no seu próprio país o reconhecimento a qual merecia, agora, imagine se ele tivesse nascido nos EUA, meu Deus! E se eu não o tivesse conhecido pessoalmente certa vez, com certeza acharia que ele não era de verdade. Enfim, se eles tem Michael Jordan, Frank Sinatra, John Lennon… Nós temos Pelé!
Benjamin Back
Colunista Lance! / Estádio 97 – 97 FM – São Paulo (SP)
Se o mundo parasse uma hora por cada ano vivido pelo Pelé até agora, setenta horas seria pouco para fazer jus ao Pelé Eterno.
Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro
Presidente do Santos F.C.
Nem todas as palavras e palavrões são capazes de descrever o significado de Pelé em nossa vida de alvinegro praiano. Tive o privilégio de ver Pelé em campo, de falar com ele no Guarujá e até de receber uma camisa autografada. Sei que vieram de seus pés minhas maiores alegrias e na semana de seu aniversário de 70 anos só posso dizer, com simplicidade: Muito obrigado, Rei do Futebol.
Alceu Toledo Junior
Diretor de Redação do site Waves (São Paulo – SP)
Tive a felicidade, ainda garoto, de ver os últimos atos de Pelé em campo. Nunca vou esquecer, por exemplo, daquela volta olímpica no Maracanã, na despedida da seleção brasileira.
Já as jogadas e os gols, confesso, vi naquele épico “Isto é Pelé!”, que lotou salas de cinema Brasil afora. Mas o que me marcou, mesmo, foi a simplicidade de Pelé.
O ano era 1972 e o time do Santos veio jogar contra o Ceará, no Presidente Vargas, em Fortaleza.
Eu tinha apenas sete anos e fui escolhido para entregar um exemplar do Anuário do Ceará ao Rei (foto).
Mesmo cercado pelos fãs e pela imprensa, Pelé deu toda a atenção do mundo ao garotinho, que, curiosamente, estaria entrevistando-o 26 anos depois, na Copa da França, com a mesma simplicidade.
É isso. Tanto quanto os gols e as jogadas inesquecíveis, é a simplicidade do Rei que encanta.
Paulo César Norões
Comentarista – TV Verdes Mares/Globo, Sportv e PFC (CE)
Tive a sorte de acompanhar bem de perto boa parte da carreira de Pelé. Assim, as lembranças e emoções foram muitas. Você me pede para destacar uma. Lembro, apesar de na época ser bem garoto, quando Pelé esteve ameaçado de perder a artilharia do campeonato paulista de 1964 para Flávio, do Corinthians, que estava cinco gols à sua frente. Os corintianos já comemoravam essa quebra de sequência de Pelé na artilharia do Paulistão quando veio o jogo com o Botafogo de Ribeirão Preto. O Santos venceu por 11 a 0 e Pelé fez oito deles, passando à frente de Flávio. Foi uma alegria inigualável.
Luiz Zanin
Articulista – O Estado de S. Paulo (São Paulo – SP)
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KIKO ZAMBIANCHI |
O rei faz 70 e eu me lembro de 70, quando o Brasil sagrou-se campeão no colorido, até então inédito, da TV. Pelé inventou, para o Brasil, a confiança na vitória e transformou o futebol em espetáculo. Além disso, nos mostrou como driblar as tristezas nos tempos difíceis da ditadura. Eu acompanhei e entendi uma Copa do Mundo pela primeira vez – e pude sentir felicidade de ser campeão ainda criança. Obrigado por me fazer um brasileiro orgulhoso e pelas duas estrelas mundiais que brilham no meu coração santista. Vida longa ao rei!
Parabéns Majestade!
Kiko Zambianchi
Cantor e compositor – São Paulo (SP)
Infelizmente, não vi Pelé jogar. Mas o que vi em vídeo e li é suficiente para entender sua genialidade e grandiosidade. Pra mim, o grande momento de Pelé no Santos foi a final do Mundial Interclubes contra o Benfica, em Portugal. Aquele jogo selou o destino do Santos como o maior time de futebol que já pisou no planeta Terra. Por mais de 10 anos, o Santos de Pelé foi o melhor do mundo, algo que ninguém nos tira. Até porque, hoje, esse posto de melhor equipe do mundo muda a cada seis meses.
Alex Frutuoso
Colunista – A Tribuna – Santos (SP)
Pelé transformou o futebol. O esporte bretão era um antes dele e passou a ser outro após este mineiro mostrar toda sua habilidade, explosão, força física, visão de jogo e faro de gol com a camisa do Santos e depois da seleção brasileira.
Dentro de campo, Pelé foi gênio. Deixou boquiabertos torcedores e adversários. Muitos, certamente, perderam o sono pensando em como marcar o Rei.
São incontáveis os momentos marcantes em sua carreira.
Em minha opinião, o gol contra a Itália na final da Copa de 1970 veio coroar toda sua carreira. Nem Gordon Banks seria capaz de defender aquela cabeçada (ou foi um chute?).
Obrigado, Pelé.
Gilmar Agassi
Editor de Esporte – Folha de Londrina – Londrina (PR)
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ALEXANDRE GARCIA |
Em Campos Gerais, no sul de Minas, garantem que o Dondinho era melhor que o Pelé. Mais alto, elegante, driblava antes todo o time contrário para depois fazer gols de cabeça como ninguém.
Pelé não é melhor que Dondinho. Mas é melhor que qualquer outro jogador da história do futebol no planeta Terra. Além disso é um exemplo de conduta para todo profissional. É um fenômeno mundial: em Chicago, não paguei a corrida porque o taxista viu uma foto de meus filhos com o Pelé. No salão de minha casa ostento uma foto que tiramos juntos numa churrascaria em Nova Iorque. E só neste 23 de outubro ele me passa à frente. Em 11 de novembro, faço o gol de empate. Nos 70.
Alexandre Garcia
Apresentador – Bom Dia Brasil – TV Globo – Brasília (DF)
Eu tinha cinco anos quando meu pai me chamou para ver uma coisa na TV preto e branca de nossa casa. “Preste atenção, veja que coisa linda”, disse, analisando o VT. E eu fiquei olhando atentamente, enquanto Pelé, sem mover a cabeça para o lado, soltava uma bola sublime para que Carlos Alberto marcasse o 4º gol contra a Itália na final de 70. “Viu o passe de Pelé? Viu como a bola foi milimetricamente colocada? Ouviu a música que saía dos pés de Pelé?”. Sim, eu tinha visto e estava em êxtase, mesmo sem saber que, aos cinco anos, estava vendo o lance mais poético da história do futebol. O passe de Pelé para Carlos Alberto fez com que eu me apaixonasse pelo jogo de forma irreversível.
Milly Lacombe
Colunista – Revista TPM – São Paulo (SP)
Sobre Pelé, pode-se usar muitos adjetivos. Penso que ele foi e continua sendo único. Pelé é bambambã!
Márcio Bernardes
Jornalista – Rádio Transamérica FM
São Paulo (SP)
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REI DADÁ E REI PELÉ |
“Meu Rei, meu Deus, você é disparado o melhor jogador do planeta Terra. Tenho a honra de ser teu amigo. Feliz aniversário. Abraço do Dadá.
Dadá Maravilha
Ex-jogador e Comentarista
Alterosa Esporte – TV Alterosa (MG)
Difícil, em uma vida inteira, destacar apenas um momento de um astro tão completo, que possuía o domínio de todos os fundamentos do futebol.
Chutes tanto com a direita como com a esquerda, dribles e lançamentos com tamanha perfeição, tudo com a extrema simplicidade que só ele poderia executar!
Algo que me marcou muito e que trago em minha memória é uma demonstração ímpar de sua grandiosidade, quando em um amistoso na Colômbia, o árbitro foi sumariamente afastado da partida pela torcida, após ter expulsado Pelé!
E assim, o Rei pôde voltar ao jogo.
Daniel Crocco
Administrador de Empresas – São Paulo (SP)
Pelé, ídolo do meu ídolo – quantas histórias deliciosas meu pai contou-me… Virei jornalista esportivo e estive cara a cara com o Rei. Ele não me driblou. Deu-me uma entrevista. Exclusiva, por inesquecíveis segundos, em frente ao Mineirão. E lá foi o Édson colocar os pés na calçada da fama, deixando mais um súdito agradecido. Meu pai tinha razão: os grandes jogam em qualquer campo.
Leopoldo Siqueira
Alterosa Esporte – TV Alterosa (Belo Horizonte)
Na Copa de 58 na Suécia, um menino negro genial, encantou o mundo mostrando o melhor do futebol brasileiro, sepultando de vez a nossa síndrome de cachorro vira-lata, descrita por Nelson Rodrigues como a nossa incapacidade de se fazer grande diante das potências mundiais. Naquele momento o mundo descobriu Pelé e, de tabela, descobriu o Brasil.
Leanderson Lima
Editor de Esportes – A Crítica de Manaus (AM)
Até pela minha idade (45 anos), sou mais tocado pelo que vi (e mais tarde compreendi com profundidade) o Pelé fazer na Copa de 1970. Também acompanhei sua trajetória no Cosmos. Fico impressionado com o culto à sua imagem mundo afora, com as festas que se formam onde ele chega até hoje. Isso sim é um fenômeno.
Edenílson Leandro
Editor de Esportes – Jornal A Notícia – Joinville (SC)
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MARCELO BARRETO |
Eu tenho umas lembranças meio confusas da minha infância, coisas que não sei direito se vi ou se me contaram. Uma delas é a de Pelé levantando a bola em sua despedida do Santos. Não tenho a menor condição de afirmar se o jogo contra a Ponte foi mesmo transmitido ao vivo para Bicas, a cidadezinha de Minas onde eu morava, mas na minha cabeça existe o registro: eu estava na casa da minha avó e vi a cena. O problema é que na minha memória tem a luz do dia, e aquela partida foi disputada à noite. Pode ter sido um daqueles programas de domingo, mas enfim. Foi estranho me dar conta de que aquele jogador que fazia parte do meu imaginário de criança não jogaria mais. Por sorte, depois veio o Cosmos, e aproveitei cada minuto daquelas imagens coloridas naqueles campos estrangeiros, muitos com a marcação do futebol americano. E disputei vários “shoot-outs” com meus amigos. Um de nós saía do meio da quadra do EC Biquense com a bola dominada e tentava driblar o outro na direção do gol. Para quem nasceu no fim dos anos 60 e teve pouco tempo para ver Pelé ao vivo, coisas como essa – e usar a camisa 10 e comemorar gols com soco no ar – faziam com que a gente se sentisse rei por alguns segundos.
Marcelo Barreto
Editor-Chefe – SporTV – Rio de Janeiro (RJ)
Em 1958, no auge dos meus quase 14 anos de idade, ouvi pelo rádio lá na minha cidade natal de Conceição de Ipanema/MG, os jogos do Brasil na Suécia. Foi quando se deu a estréia do Pelé, ainda menino, assombrando o mundo com suas jogadas mágicas.
Quando marcou o seu primeiro gol então, foi alegria geral da galera que se reunia no “Bar do Inhozinho” para vibrar com o Brasil. Outro momento que marcou muito foi nas eliminatórias para a Copa de 70, no Maracanã, quando ia aos jogos do Brasil. Naquela oportunidade o Pelé já consagrado e deu um show ao lado de Tostão, Jairzinho, Gérson e companhia.
Foi inesquecível.
Júlio Deodoro
Superintendente – GazetaEsportiva.Net – São Paulo (SP)
O garotinho de canela fina já despertava a atenção do povo, quando andava pelas ruas de Bauru:
– “Olha o Pelé”! “Esse que é o Pelé”?
Portanto, já era famoso, antes de ser consagrado. Na minha opinião, o fato mais marcante, entre centenas na carreira do superastro do futebol mundial, foi o gol da vitória do Brasil sobre o País de Gales, na Copa do Mundo da Suécia/1958.
Eu era um adolescente, nem pensava em ser jornalista. Foi uma grande emoção. Chorei.
Leonardo de Brito
Colunista – Jornal da Cidade de Bauru – Bauru (SP)
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SÉRGIO BRITTO |
Em 1970, eu tinha 11 anos e morava em Santiago do Chile acompanhando o meu pai Almino Affonso no exílio. Naquele momento a seleção brasileira, para alguns, representava um pouco a ideia de que o Brasil tinha “dado certo” e que a ditadura militar de certa forma tinha sido benéfica para o país. Meu pai nunca pensou assim, de maneira simplista. Em casa todos torciam alucinadamente pelo Brasil. Acima de todos os craques daquela time maravilhoso pairava inalcansável Pelé, o “REI”. Todos queriamos ser e, naquela situação, de certa maneira todos éramos Pelé. Não sei se por causa da circunstância em que viviamos mas,durante toda a copa, a jogada que mais me marcou foi exatamente a do gol que não aconteceu, no jogo contra o Uruguay. O drible de corpo do rei em Mazurkievic transformou literalmente a minha vida.Provou que tudo é possível e cravou em mim a convicção de certas coisas mesmo “dando errado” estão certas!
Sérgio Britto - Músico e Compositor – Titãs
Quando Robinho retornou ao Santos no início deste ano, convidamos Pelé para participar da apresentação dele para a torcida.
Horas depois de enviado o convite, lá estava a resposta do Rei, aceitando. Só eu, o presidente Luís Álvaro e mais uns quatro sabíamos do “sim”. E decidimos manter o segredo: passamos o fim de semana com a boca fechada. Aí, foi aquela imagem inesquecível: ele desceu do helicóptero, trouxe o Robinho, fez festa e foi pro vestiário.
Todos queriam fotos. Eu também, por que não? E ele tirou a foto comigo, sorrindo. Ao sair, passou a mão em minha cabeça e o Cássio Barco, da nossa equipe, flagrou o momento. Parece que Pelé está me abençoando.
E é claro que está. É São Pelé. Rei Pelé.
Um rei escolhido pelos súditos.
Ele não quis ser Rei. Fomos nós que quisemos ser súditos.
Arnaldo Silvano Hase Junior
Coordenador de Comunicação do Santos FC
É difícil você falar alguma uma coisa nova sobre o Pelé. O mundo inteiro se rende ao Pelé. Pelo que ele fez, pelo que ele é…. e pelo que ele representa.
Marcelo Martelotte
Técnico do Santos F.C.
Caro Pelé, não preciso tê-lo visto jogar para te chamar de Rei. No entanto, este súdito lhe agradece, pois sua raríssima habilidade com a bola nos pés ajudou a colocar o Santos no degrau mais alto do futebol mundial. Mil e noventa e uma vezes obrigado.
Caio Ruscillo
Comentarista da Rádio Santista – Santos (SP)
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RICARDO PERES
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Três horas da madrugada de uma sexta qualquer, em 1997. Eu e o Grupo Tempero tocávamos em nossa casa noturna na época, o Tempero’s Bar. Foi quando o gerente chegou ao meu ouvido e disse: – O Negão, tá aí ! O Rei Pelé e um grupo de 35 pessoas! Duvidei, mas larguei o pandeiro e desci do palco, me dirigindo à entrada. Era verdade. Então, corri até o porteiro, disposto a liberar a entrada de todos, como cortesia da casa. Não foi preciso. Pelé já havia comprado todos os ingressos e, quando me dei conta, já estava dentro, dançando e se divertindo. Depois disso, deu dezenas de autógrafos e saiu à francesa. Neste dia, descobri que a Majestade dele ia muito além das quatro linhas, onde já era inigualável.
Ricardo Peres
Cantos e compositor – Santos (SP)
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MAURO NAVES |
“Muita gente conhece a história do Pelé no Santos, mas não como tudo começou. Em uma segunda-feira de 1956. Ganhamos do São Paulo, em pleno Pacaembú, por 4 a 0, na véspera. Então, chegamos cedo, lá pelas 8h, em um botequim perto da Vila. Íamos receber o bicho pela vitória e treinar. Mas o treino atrasou, porque nosso vestiário estava lotado. O Modesto Roma e o Athié Jorge Cury mandaram chamar todo mundo que eles conheciam, só para ver o tal menino que o Valdemar de Brito trouxe. Teve discurso, aquilo tudo, depois foram todos embora… O time ficou reunido, conversando ainda sobre o jogo e o neguinho lá, num canto do vestiário, todo acanhado. Chamei ele, mostrei a ele o armário do lado do meu, pedi pro Rochinha, nosso roupeiro, providenciar chuteira, meião e tudo mais. Eu e ele subimos para o gramado. Resumindo, fui o cara que levou o Rei para pisar pela primeira vez em seu palácio: a Vila Belmiro. Foi comigo também que ele trocou os primeiros passes. Isso me marca até hoje.
Cássio Nogueira, ex-jogador (anos 50) e ex-diretor de futebol (anos 70/80) do Santos F.C.
Quando nasci, Pelé já era campeão mundial. Por isso não tive o privilégio de acompanhar de perto a gloriosa carreira do rei. Mas, um pouco por força da profissão e muito mais por força do prazer de um fã, já vi e revi milhares de vezes as maravilhosas jogadas e os milhares de gols dele. E digo milhares porque cada gol de Pelé é tão grandioso e mágico que vale, no mínimo, por dois. Confesso que na primeira vez que o entrevistei, tremi e me emocionei. Eu tinha plena consciência de que estava diante não de um ídolo, mas de um mito, de alguém único.
De todas as declarações dele, uma que nunca me esqueço é a feita depois do milésimo gol e talvez a que mais valeu críticas a ele: pediu ao país para se lembrar das nossas crianças. Àqueles que viram o ato como demagógico, por favor, olhem nas ruas e irão ver que, infelizmente, 40 anos depois, a situação mudou muito pouco. Parabéns aos 70 anos do Sr. Edson Arantes do Nascimento. Já ao Pelé…bem, mito não tem idade. Será sempre eterno.
Mauro Naves
Repórter – TV Globo (São Paulo – SP)
Pelé não é da minha época, não o vi atuar ao vivo. Nem por isso deixo de admirá-lo. Sou fã incondicional. Não só pelo atleta que foi, mas pela figura que é e pelo o que representa. Tive duas experiências marcantes com Pelé. Uma delas, na minha primeira entrevista com o Rei, senti a humildade de perto. Em uma concorrida eleição para presidente do Santos, na Vila Belmiro, ele, como sócio, foi votar. É claro que a imprensa inteira foi ouvi-lo, mas os seguranças não deixavam ninguém se aproximar. Por conta da confusão, dei a sorte de ficar ao lado de Pelé e, meio sem jeito, pedi uma entrevista. Ele aceitou de imediato e respondeu a todas as minhas perguntas. Foi uma grande honra. Na outra, cruzei com Pelé no corredor da rádio Bandeirantes. Custei a acreditar que era ele. Fiquei arrepiado e perdi as palavras.
A simples presença daquele cara, o maior de todos no esporte mais popular do planeta, é inexplicável. Só mesmo quem ama o esporte para entender.
Estevam Ciccone
Repórter – Rádio Bandeirantes – São Paulo (SP)
Entrevistei Pelé em outubro de 1974, na saída do Pacaembu, depois do penúltimo jogo dele com a camisa do Santos. Era repórter da Folha de São Paulo e Pelé disse: ”eu queria arrebentar com o jogo, acabar com o Corinthians. Só não pensei que pudesse ter uma distensão muscular, não aguento nem colocar a perna no chão. No próximo jogo, quarta-feira, contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro, não vou querer acabar com ninguém. Vou agradecer a Deus”. Pelé jogou só vinte minutos contra o Corinthians. Saiu de campo carregado. E se se despediu do Santos e do futebol brasileiro se ajoelhando no centro do campo. E rezando.
Marco Antonio Rodrigues
Comentarista – SporTV / PFC – São Paulo (SP)
A 1ª vez que vi “ele” (era assim que Geraldo José de Almeida, locutor da epoca se referia ao Rei) foi na TV, aos 6 anos. Era a Copa de 70. Em 72, meu primeiro contato ao vivo. Era também meu primeiro jogo do Santos. Naquele dia fui ao Pacaembu para ver se o Santos e o Pelé eram tudo isso que sempre ouvia. Resultado: Santos 3 Portuguesa 2, de virada, sendo o terceiro uma “puxeta” antológica do Rei, de fora da área.
Ali pude ver a majestade reinar – e me tornei um santista de corpo e alma.
Hoje, eu meus filhos (14 e 17 anos) temos cadeira cativa e estamos sempre na Vila.
Roque Mendes
Publicitário – Diretor de Operações da Agencia G Nova
Não tive a felicidade de ver Pelé jogando em alta performance. Guardo, porém, a imagem da despedida. Vi ao vivo. Ainda era criança. Marcou demais a emoção dos adultos que estavam comigo, sofrendo de saudade antecipada. Afinal, era o fim da maior genialidade que o mundo já viu em todos os esportes. Recentemente, tive uma das maiores emoções da minha vida ao abraçá-lo, ao sermos apresentados pelo amigo Manoel Maria.
Carlos Ferreira
Editor de Esportes – O Liberal – Belém (PA)
O que dizer sobre ele…? Andando pelo mundo trabalhando com futebol é que se tem a dimensão do que ele representa para a cultura mundial. Ele está para o esporte como Mozart está para a música, ou Michelângelo para as artes plásticas. Pelé é o DNA do futebol! O estado da arte. Tudo o que houve antes foi preparação para que ele existisse. Tudo o que há depois, é consequência… Vida longa ao Rei.
Bob Faria
Comentarista – SporTV/PFC – Belo Horizonte (MG)
Cresci ouvindo as histórias do meu pai sobre Pelé. Com inveja, claro. Parecia coisa inventada, algo mítico. De olhos arregalados, não perdia um detalhe. Eu imaginava Pelé como o Super Homem: só existe na televisão. Foi por isso que custei a acreditar quando o vi de perto pela primeira vez, em 1999. Eu iniciava minha carreira no Diário Lance!, e o Rei abraçava o projeto de formar novos jogadores para o Santos. Seria o coordenador das categorias de base. No seu segundo dia de trabalho, uma manhã meio nublada no CT Rei Pelé, eu estava lá à beira do campo assistindo ao craque conversando com os garotos. Era a primeira vez que eu o via de perto. Lembro de ter notado que ele era bem mais baixo ao vivo. Iniciado o treino, ele se sentou num banco onde estávamos e passou duas horas lembrando histórias e causos com os jornalistas. Sem o mínimo sinal de impaciência. Só pedia licença de vez em quanto para dar alguma instrução aos garotos. No mesmo dia, à tarde, fui ao treino do time profissional, que se preparava para um jogo sem muita importância. O “astro” do time era Viola. Ele chegou ao treino avisando que só falaria depois da atividade (e da massagem), responderia a apenas uma pergunta por reporter e por não mais que 15 minutos. Se quiséssemos, seria assim. Ao ouvir, isso, lembrei da agradável manhã com o Rei e pensei (acho até que pensei alto…): ”Viola? Que Viola?”
Adílson Barros
Repórter – GloboEsporte.Com – Santos – SP
Os gols e lances geniais do Pelé me encantaram, é claro, como a todo mundo. Mas, particularmente, guardo com carinho as impressões pessoais colhidas ao longo de minha carreira como jornalista. Certa vez, em Los Angeles, onde estava cobrindo um torneio da seleção brasileira no início da década de 90, soube por um funcionário do hotel Sheraton Airport, onde eu havia me hospedado, que Pelé encontrava-se em outra unidade da rede na mesma cidade, o Sheraton Downtown.
Eu e o repórter Nelson Urt ligamos, então, para seu quarto e deixamos recado na secretária eletrônica. Quando voltamos do treino, o Rei havia dado retorno e marcado uma entrevista para o dia seguinte.
Fomos até lá e encontramos Pelé ainda acordando de um cochilo após o almoço. Ele nos atendeu, com a simplicidade habitual, ainda calçando os sapatos, e concedeu uma entrevista bombástica. Disse que sentia vergonha dos escândalos do governo Collor, em suas viagens pelo mundo, e corajosamente propôs o impeachment do presidente, num momento em que essa ideia era ainda uma hipótese para lá de remota.
A reportagem provocou uma imensa repercussão e, tempos depois, o impeachment de Collor viria a se tornar realidade.
Um golaço de Pelé fora de campo.
Gilvan Ribeiro
Editor de Esportes – Diário de São Paulo – São Paulo (SP)
Um momento inesquecivel para mim foi a despedida do Pelé na Vila Belmiro, aquele jogo contra a Ponte Preta.
Eu tinha 9 anos e chorei muito ao vê-lo ajoelhar no centro do campo e abrir os braços, pois já sabia naquele momento que estava presenciando um fato histórico: nunca mais haveria um jogador como aquele na face da Terra. Em 2004 tive o prazer de encontrá-lo pessoalmente. Foi sensacional também. É por isso que desde garoto coleciono itens do Rei, inclusive adquirindo raridades no exterior. Depois, tive a oportunidade de conhecer fãs dele em viagens que fiz pelos EUA e Europa. Acredito que o Rei deveria ter um reconhecimento maior do que tem no Brasil, assim como possui no exterior.
Walter da Costa Thiago
Proprietário da London Calling – (São Paulo – SP)
“Eu vi Pelé jogar”.
Essa frase, por si só, nos eleva a um outro patamar. Pois mesmo nascido em 1975, dois anos antes de o Rei abandonar o futebol, também posso me orgulhar de ter dois momentos mágicos na memória. O sonho de vê-lo jogar foi realizado quando o Rei atuou por 45 minutos com a camisa da Seleção contra a Itália, por um torneio de masters, em 1987. Ele não fez gol, mas arriscou uma bicicleta da qual até hoje não esqueço. Em 1990, no jogo do seu cinquentenário, Pelé voltou a mostrar genialidade, mesmo com todo o peso da idade. Foram apenas duas partidas, mas são eternas em minhas lembranças.
Assim como eterno é Pelé.
Weber Caldas
Editor de Esportes – A Gazeta / Notícia Agora (Vitória – ES)
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PITA |
Cheguei ao Santos em 1973. No ano seguinte, quando eu jogava pelo infantil, nosso técnico, Olavo Martins, nos avisou que faríamos um coletivo contra o profissional. Do outro lado, feras como Clodoaldo, Edu… e Pelé. Eu ainda tinha na minha memória aquela imagem da Copa de 70, a matada no peito, o gol. Quando começou o treino, eu tremia demais. Não sei nem se eu peguei na bola aquele dia. Ficava só admirando, vendo todos jogarem.
Pita
Ex-atleta do Santos Futebol Clube
Nasci no Recife em 1960 e tive o privilégio de acompanhar os últimos anos da trajetória de Pelé, tendo inclusive a oportunidade de vê-lo jogar contra os times da cidade, Náutico e Santa Cruz.
E mesmo sendo ainda muito criança também me rendi à genialidade do Rei. Isso aconteceu, primeiro, por empolgação, por ouvir o tratamento que a ele era dispensado pelos cronistas esportivos. Depois, já entendendo um pouco melhor de futebol, pude compreender do que se tratava, realmente. Estava consolidada a imagem do mito. Uma imagem do bem, do atleta perfeito, do homem que melhor soube combinar habilidade com objetividade nos gramados. Salve Pelé…
Stênio José
Editor de Esporte – Diário de Pernambuco (Recife – PE)
O fato que mais me marcou foi ter visto Pelé em campo num jogo aqui em Porto Alegre. Eu era garoto e realizava, ali, um sonho: ver o Rei do Futebol em ação. Antes, só pela TV.
Hiltor Mombach
Editor de Esportes – Correio do Povo
Porto Alegre (RS)
Pelé, 70 anos!
Pelé, 36 títulos!
Pelé, 1281 gols!
Pelé, 6662 dias com a camisa do Santos!
Tanta história virou matemágica: Pelé e o Santos inventaram o dois elevado ao infinito!
Plinio Marchetti, Santista.
Pelé, o bem amado mundo afora, rompe barreiras e abre portas. Certa vez em Istambul, num táxi em direção ao Palácio Beylerbeyi, num longo percurso em absoluto silêncio pelo limite da língua, de repente, meu marido diz ao motorista:- Brasil!, ao que ele, num amplo sorriso, prontamente responde:- Pelé! Assim, ao som repetido de Brasil e da pronta resposta Pelé, em meio a muita risada, chegamos à belíssima residência de verão dos sultões ! Nos despedimos clamando Brasil e Pelé ao invés do convencional “goodbye”. Um dia memorável, que reforçou a certeza que, em muitos países nos vários continentes, Brasil é Pelé!
Maria Lydia Flandoli
Âncora do Jornal da Gazeta e Em Questão / TV Gazeta – São Paulo (SP)
Tenho 58 anos. Aos seis, fui à Vila e lá encontramos “Seo” Antoninho, grande amigo do meu pai, que naquela época arrendava o restaurante do estádio. Ele nos levou até o vestiário, ao término de um jogo em que o Santos FC venceu a Prudentina por 5 x 1. Naquele dia, sentado no joelho do Pelé, no vestiário, lhe entreguei um disco 78 rotações do Fafá Lemos. Em 2002, quando eu residia no mesmo prédio do seu filho, Edinho, eis que me deparo com o Rei no elevador. Na hora lembrei-me daquela cena da minha infância, mas, diante do Rei, fiquei inibido em perguntar. Parabéns, Pelé! Que Deus o conserve por muitos anos!
Armando Tadeu Rodrigues Oliveira
Santista, Santos (SP)
O branco e o preto, o maior contraste entre as cores. Aproximá-las, só um milagre seria capaz de fazê-lo.
Nasceu Pelé. Quis o destino que ele brilhasse de branco. Então, Pelé as combinou de tal maneira que produziu uma coisa só, a cor alvinegra.
A partir de então, não há como dissociar o branco do preto, assim como não há como dissociar o Santos do Pelé, assim como não foi mais possível dissociar o futebol da arte.
Pelé foi o milagre e o Santos é o símbolo vivo e pujante desse milagre. Parabéns Pelé, obrigado, porque o símbolo desse milagre, meu Santos querido, é minha maior emoção e meu maior orgulho.
André Bio, Torcedor Santista.
(Depoimento selecionado)
Pelé “70″ automaticamente me remete para a Copa 70. Aqueles lances imortais desde o primeiro jogo, aquele chute do meio do campo… Depois contra a Inglaterra, a cabeçada histórica… Uruguai, o drible de corpo, todos que não foram gols. Deixo os gols para a partida final contra Itália: abrindo o placar numa cabeçada majestosa e fechando com um gol praticamente do SANTOS. Clodoaldo para Pelé, para Carlos Alberto e gol! Tricampeões novamente, já que eu já tinha sido tri-paulista em 1969. Assisti o milésimo gol numa Colorado RQ preto e branca. E vestido de branco e preto fui ver Pelé contra o Colorado no Morumbi, meu primeiro jogo. Obrigado Pelé, pela minha infância inesquecível!
Sérgio Boneka
Músico e compositor (São Paulo – SP)
Todo mundo fala que o gol do meio de campo é o gol que Pelé não fez.
Só que ele fez sim. Foi no treino, mas fêz. O Edevar, nosso goleiro reserva, errou a saída de bola, e o Pelé conseguiu pegar ele desprevenido. Um golaço. Pena que foi no treino.
Aquilo que o mundo inteiro viu ir pra fora, eu vi ele fazer.
Negreiros
Ex-atleta do Santos F.C.
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MANOEL MARIA |
Momento que me marcou? Quando paramos a guerra, quando ele fez o gol 1000, e quando o juiz expulsou o Pelé, e tiveram que expulsar o árbitro e fazer o Pelé voltar senão a multidão colocava o estádio abaixo. Tá bom, não tá?
O Pelé por tudo isso, pra mim, é mais do que um amigo. É um ídolo também.
Manoel Maria
Ex-jogador do Santos
Certamente, o momento mais marcante, foi o gol contra a Suécia, na final da Copa de 58. O mais bonito que eu vi Pelé marcar. Deu um chapéu no zagueirão, que era enorme, e bateu pro gol. Nunca tinha visto ele fazer aquilo antes. Surpreendeu a mim e a todo mundo”
Zito
Ex-atleta do Santos F.C.
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DALMO |
Veja bem: estamos falando do melhor jogador de todos os tempos. E como companheiro, ele foi um exemplo, amigo inseparável e que só praticava o bem. Falava com todos os jogadores, tratava todo mundo por igual. Para mim é impossível achar um só momento do Rei que tenha marcado.
Dalmo
Ex-jogador do Santos
Como paraense, desde menino acompanhei Pelé sempre à distância, impressionado com seus feitos no futebol paulista e na Seleção Brasileira. Quando circulava pelo Brasil com o Santos genial dos anos 60, quase como um Globetrotters de chuteiras, certa noite Pelé enfrentou o Remo em Belém, em noite festiva. No primeiro tempo, empate de 4 a 4. No final, vitória santista por 9 a 4.
Ouvi pelo rádio e fiquei impressionado com aquele placar exagerado. Anos depois, o Rei se tornou personagem bem mais próximo com a conquista da Copa de 70, quando a cor invadiu as telas da TV e sua genialidade ficou mais nítida para todos.
Gerson Nogueira
Editor do Diário do Pará – Belém (PA)
A imagem genial do Pelé para mim é aquele lençol que Ele, ainda novinho, dá no zagueiro sueco na Copa de 1958. O lance é uma espécie de aviso inicial ao mundo da obra sem igual que construiria ao longo da carreira.
Mais tarde, como jornalista, tive a chance de marcar meu gol de placa com Pelé, numa entrevista especial. Me atendeu com um misto de simplicidade e categoria, dignos nos nobres, como sempre fazia nos gramados.
Por isso sempre foi e será genial.
O Rei!
Jorge Buery
Editor de Esportes – TV Gazeta – Vitória (ES)
Foram vários momentos, mas um que me marcou foi quando excursionamos para a África, no final da década de 60. Eu ainda estava iniciando a carreira como jogador de futebol no Santos Futebol Clube. Sabia que o Pelé era o melhor de todos, mas nunca tinha visto uma recepção daquelas: todo mundo queria tocar o Rei, e por onde ele pisava, as pessoas se ajoelhavam e beijavam o chão.
De arrepiar. Pelé foi tratado como um verdadeiro Deus.
Clodoaldo
Ex-atleta do Santos Futebol Clube
Minhas primeiras recordações são da Copa de 70, com toda minha família falando dele. Quando eu tinha 4 anos ganhei um autógrafo. Minha avó era professora e Pelé foi visitar a escola onde ela lecionava, em 1971. O que eu gosto no Pelé é a estabilidade, sempre foi um cara pé no chão, humilde. Quando eu estava na MTV, ele apareceu por lá e parou a redação. Atendeu a todos, muito mais simpático do que várias “estrelas” da música que passaram por lá. Ganhou meu respeito.
Gastão Moreira
Apresentador – São Paulo (SP)
Em 11 de novembro de 1969, Pelé disse: “Dedico este gol às criancinhas do Brasil”. Acho que foi o momento mais importante para todos nós, brasileiros. Pelé, o primeiro jogador a conseguir o feito dos mil gols pela FIFA no mundo, em vez de se vangloriar, pensou nas crianças. Por isso que, para mim, o Rei é “santástico”.
Mohamed Abdalla Kilsan
Representante Comercial – São Paulo (SP)
Com apenas um gol, sua realeza era capaz de transformar inimigos em súditos.
Mauro McFly
Publicitário e Santista
“Toda vez que a figura de Pelé se liga ao Peixe, o momento é especial.
E que mais me emociona no Rei é essa ligação inédita que se formou entre um atleta sem igual e as cores, os símbolos e a paixão que o identificam. Pelé é Santos, parece querer dizer o próprio jogador, sempre que pode.
Pelé é Santos desde os gols de estréia no time, na seleção e nas Copas, até os momentos em que quase choro ao vê-lo com o filho e os netos no camarote da Vila, vibrando com o seu time.
Parabéns, Pelé! Vida longa, meu Rei!”
Marcos Fonseca
Jornalista – São Paulo (SP)