Happy New Year to you all.
I have loved being part of this family that you help to make.
I wish lots of happiness for you in 2019.
//
Feliz Ano Novo para todos vocês.
Eu amo fazer parte dessa família que vocês ajudam a criar e desejo muita felicidade para vocês em 2019.
https://twitter.com/pele
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
domingo, 9 de dezembro de 2018
"Foi um sonho conhecer Pelé" - Will Smith
"Foi um sonho conhecer Pelé"
O famosíssimo astro de Hollywood, realizou o sonho de conhecer um de seus ídolos:
Os dois estavam em Nova Déli, na Índia, para palestrar em um evento da ONG Liberatum, que promove mudanças sociais no mundo.
Pelé, o rei do futebol.
Os dois estavam em Nova Déli, na Índia, para palestrar em um evento da ONG Liberatum, que promove mudanças sociais no mundo.
"Será que Pelé me receberia?"
O ator pediu um encontro com o ex-jogador para um de seus amigos, que organizou a reunião.
Além de recebê-lo, Pelé presenteou Will Smith com uma camisa da Seleção Brasileira autografada.
"Vou enquadrar e colocá-la em minha casa ao lado dos autógrafos dos meus outros grandes ídolos, Muhammad Ali e Michael Jordan", disse Smith.
Ele documentou a experiência e compartilhou no Instagram, com a legenda:
"Esbarrei no Pelé antes do jantar, ele falou que eu precisava fazer 25 toques antes de poder comer. Eu tô aqui achando que a gente vai morrer de fome, mas pelo menos eu conheci uma lenda antes!"
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PELÉ e as CELEBRIDADES,
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WILL SMITH
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Querem roubar cerca de 500 gols de Pelé
Querem roubar cerca de 500 gols de Pelé.
É verdade. Querem subtrair um valor aproximado de meio milhar de gols ao maior de todos os tempos, com a justificativa de que foram marcados em jogos amistosos.
Pelé jogou num tempo onde os clubes não tinham patrocinadores, não recebiam qualquer dinheiro das redes de TV para transmissão dos jogos e não existia - pelo menos no Brasil não havia qualquer notícia - um calendário oficial da FIFA para agendamento de jogos amistosos "oficiais" dos clubes e seleções.
O Santos FC tinha no plantel o melhor jogador de todos os tempos, e tinha que "fazer dinheiro" para pagar o ordenado dele e do resto do plantel, num tempo onde quase 100% do dinheiro que os clubes arrecadavam vinham da bilheteria.
Para quem não sabe, no Santos FC daquele tempo metade da equipe era a base da Seleção Brasileira, que neste período de tempo venceu "apenas" 3 Copas do Mundo.
Por esta principal razão, o orçamento, o Santos FC fez inúmeros jogos amistosos pelo Brasil afora e por 59 países por todo o planeta, e "sacrificou" muitas vezes as competições continentais, nacionais e estaduais. Mesmo assim, dividindo o tempo entre competições e jogos amistosos, venceu 6 campeonatos brasileiros, 11 campeonatos paulistas. O Santos FC por vezes chegou a fazer 100 jogos em um só ano,
Nestes jogos amistosos, na maioria das vezes com estádios superlotados, Pelé era a principal atração, e as "histórias" de que Pelé marcou a maioria dos gols contra equipes fraquinhas é folclore, má fé, inveja e mentira.
Vejam estes exemplos:
SANTOS X BENFICA
(2) 15/06/1961 – Santos 6 x 3 Benfica (Portugal) – Torneio de Paris.
(2) 19/09/1962 – Santos 3 x 2 Benfica (Portugal) – Mundial Interclubes
(3) 11/10/1962 – Santos 5 x 2 Benfica (Portugal) – Mundial Interclubes
(1) 21/08/1966 - Santos 4 x 0 Benfica (Portugal) – Torneio de Nova York
Pelé jogou 7 jogos contra o melhor Benfica de todos os tempos e em 4 deles, marcou 8 gols.
Destes 8 gols, querem subtrair 3.
Outro exemplo:
SANTOS X NAPOLI
(1) 21/06/1968 – Santos 4 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 26/06/1968 – Santos 6 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 28/06/1968 – Santos 5 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 05/03/1972 – Santos 3 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
Pelé jogou 5 jogos contra o Nápoli, e em 4 deles, marcou 7 gols.
Destes 7 gols, querem subtrair... 7!!!!.
SANTOS X INTERNAZIONALE
(2) 05/06/1959 – Santos 2 x 3 Internazionale (Itália) – Amistoso
(4) 26/06/1959 – Santos 7 x 1 Internazionale (Itália) – Torneio de Valência
(1) 24/06/1961 – Santos 4 x 1 Internazionale (Itália) – Torneio Itália
(1) 04/09/1966 - Santos 4 x 1 Internazionale (Itália) – Amistoso
Pelé jogou 9 jogos contra o Inter de Milão, e em 4 deles marcou 8 gols.
Destes 8 gols, querem subtrair... 8!!!!.
SANTOS X BARCELONA
(2) 28/06/1959 – Santos 5 x 1 Barcelona (Espanha) – Amistoso
(1) 02/07/1960 – Santos 3 x 4 Barcelona (Espanha) – Amistoso
(1) 01/09/1974 – Santos 1 x 4 Barcelona – Torneio Ramon Carranza
Pelé jogou 4 jogos contra o FC Barcelona, e em 3 deles, marcou 4 gols.
Destes 4 gols, querem subtrair... 4!!!!.
SELEÇÃO NACIONAL BRASILEIRA
Na Seleção Brasileira, Pelé jogou 114 vezes e marcou 95 gols, segundo a estatística da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a razão desta estatística é simples: quando o Brasil fazia preparação para as Copas do Mundo, os jogos amistosos não eram marcados contra seleções nacionais de outros países, mesmo porque não havia os tais jogos amistosos "oficiais" programados previamente pela FIFA.
Era costume a Seleção Brasileira fazer jogos de preparação contra clubes e seleções estaduais do Brasil em vésperas das Copas do Mundo.
Neste caso da Seleção Brasileira, subtrairam nada mais nada menos que 18 gols(!!!) a Pelé.
Se Pelé imaginasse naquela época que iriam roubar 18 gols marcados a serviço da Seleção Nacional, certamente não teria ficado 2 anos sem jogar pelo Brasil.
O que é engraçado nesta história toda é que, hoje em dia marcar gols em jogos amistosos contra, com todo o respeito, países fraquíssimos no futebol como, por exemplo, as Ilhas Faroé, Malta, Andorra, Gibraltar, San Marino ou Kosovo é gol oficial, mas naquele tempo marcar gols contra o Atlético de Madrid ou Internazionale de Milão não é.
Certamente se a Seleção Brasileira, ao invés agendar jogos amistosos contra o Atlético de Madrid, Inter de Milão ou Malmoe da Suécia, tivesse agendado jogos amistosos contra os países acima citados, Pelé teria marcado pelo menos mais 50 gols jogando pela Seleção Brasileira.
A verdade é que os 1282 gols de Pelé são reconhecidos pela FIFA e pelo Guiness Book,
e que até a data de hoje ninguém conseguiu igualar.
OOPSS!!! Vou fechar a baliza para ver se param de roubar meus gols!!! Senão, Qualquer dia fico sem nenhum!!! |
Pelé jogou num tempo onde os clubes não tinham patrocinadores, não recebiam qualquer dinheiro das redes de TV para transmissão dos jogos e não existia - pelo menos no Brasil não havia qualquer notícia - um calendário oficial da FIFA para agendamento de jogos amistosos "oficiais" dos clubes e seleções.
O Santos FC tinha no plantel o melhor jogador de todos os tempos, e tinha que "fazer dinheiro" para pagar o ordenado dele e do resto do plantel, num tempo onde quase 100% do dinheiro que os clubes arrecadavam vinham da bilheteria.
Para quem não sabe, no Santos FC daquele tempo metade da equipe era a base da Seleção Brasileira, que neste período de tempo venceu "apenas" 3 Copas do Mundo.
Por esta principal razão, o orçamento, o Santos FC fez inúmeros jogos amistosos pelo Brasil afora e por 59 países por todo o planeta, e "sacrificou" muitas vezes as competições continentais, nacionais e estaduais. Mesmo assim, dividindo o tempo entre competições e jogos amistosos, venceu 6 campeonatos brasileiros, 11 campeonatos paulistas. O Santos FC por vezes chegou a fazer 100 jogos em um só ano,
Nestes jogos amistosos, na maioria das vezes com estádios superlotados, Pelé era a principal atração, e as "histórias" de que Pelé marcou a maioria dos gols contra equipes fraquinhas é folclore, má fé, inveja e mentira.
Vejam estes exemplos:
SANTOS X BENFICA
(2) 15/06/1961 – Santos 6 x 3 Benfica (Portugal) – Torneio de Paris.
(2) 19/09/1962 – Santos 3 x 2 Benfica (Portugal) – Mundial Interclubes
(3) 11/10/1962 – Santos 5 x 2 Benfica (Portugal) – Mundial Interclubes
(1) 21/08/1966 - Santos 4 x 0 Benfica (Portugal) – Torneio de Nova York
Pelé jogou 7 jogos contra o melhor Benfica de todos os tempos e em 4 deles, marcou 8 gols.
Destes 8 gols, querem subtrair 3.
Outro exemplo:
SANTOS X NAPOLI
(1) 21/06/1968 – Santos 4 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 26/06/1968 – Santos 6 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 28/06/1968 – Santos 5 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
(2) 05/03/1972 – Santos 3 x 2 Nápoli (Itália) – Amistoso
Pelé jogou 5 jogos contra o Nápoli, e em 4 deles, marcou 7 gols.
Destes 7 gols, querem subtrair... 7!!!!.
SANTOS X INTERNAZIONALE
(2) 05/06/1959 – Santos 2 x 3 Internazionale (Itália) – Amistoso
(4) 26/06/1959 – Santos 7 x 1 Internazionale (Itália) – Torneio de Valência
(1) 24/06/1961 – Santos 4 x 1 Internazionale (Itália) – Torneio Itália
(1) 04/09/1966 - Santos 4 x 1 Internazionale (Itália) – Amistoso
Pelé jogou 9 jogos contra o Inter de Milão, e em 4 deles marcou 8 gols.
Destes 8 gols, querem subtrair... 8!!!!.
SANTOS X BARCELONA
(2) 28/06/1959 – Santos 5 x 1 Barcelona (Espanha) – Amistoso
(1) 02/07/1960 – Santos 3 x 4 Barcelona (Espanha) – Amistoso
(1) 01/09/1974 – Santos 1 x 4 Barcelona – Torneio Ramon Carranza
Pelé jogou 4 jogos contra o FC Barcelona, e em 3 deles, marcou 4 gols.
Destes 4 gols, querem subtrair... 4!!!!.
SELEÇÃO NACIONAL BRASILEIRA
Na Seleção Brasileira, Pelé jogou 114 vezes e marcou 95 gols, segundo a estatística da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a razão desta estatística é simples: quando o Brasil fazia preparação para as Copas do Mundo, os jogos amistosos não eram marcados contra seleções nacionais de outros países, mesmo porque não havia os tais jogos amistosos "oficiais" programados previamente pela FIFA.
Era costume a Seleção Brasileira fazer jogos de preparação contra clubes e seleções estaduais do Brasil em vésperas das Copas do Mundo.
Neste caso da Seleção Brasileira, subtrairam nada mais nada menos que 18 gols(!!!) a Pelé.
Se Pelé imaginasse naquela época que iriam roubar 18 gols marcados a serviço da Seleção Nacional, certamente não teria ficado 2 anos sem jogar pelo Brasil.
O que é engraçado nesta história toda é que, hoje em dia marcar gols em jogos amistosos contra, com todo o respeito, países fraquíssimos no futebol como, por exemplo, as Ilhas Faroé, Malta, Andorra, Gibraltar, San Marino ou Kosovo é gol oficial, mas naquele tempo marcar gols contra o Atlético de Madrid ou Internazionale de Milão não é.
Certamente se a Seleção Brasileira, ao invés agendar jogos amistosos contra o Atlético de Madrid, Inter de Milão ou Malmoe da Suécia, tivesse agendado jogos amistosos contra os países acima citados, Pelé teria marcado pelo menos mais 50 gols jogando pela Seleção Brasileira.
Pelé eleito o Atleta do Século XX |
A verdade é que os 1282 gols de Pelé são reconhecidos pela FIFA e pelo Guiness Book,
e que até a data de hoje ninguém conseguiu igualar.
Podem subtrair os 18 gols pela Seleção Brasileira, podem subtrair mais 20 ou 30 gols marcados contra as chamadas equipes fraquinhas, mas no final, os números de Pelé continuarão a ser monstruosos, impressionantes, fantásticos, ou qualquer adjetivo semelhante.
E mesmo que subtraiam 500 gols, MESMO QUE SUBTRAIAM 1000 GOLS,
não conseguirão apagar que PELÉ foi eleito pelo COI o melhor ATLETA do Século XX,
ou seja, o MELHOR entre os MELHORES em todas as modalidades esportivas.
E mesmo que subtraiam 500 gols, MESMO QUE SUBTRAIAM 1000 GOLS,
não conseguirão apagar que PELÉ foi eleito pelo COI o melhor ATLETA do Século XX,
ou seja, o MELHOR entre os MELHORES em todas as modalidades esportivas.
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CRÔNICAS SOBRE PELÉ,
GOLS DE PELÉ,
TODOS OS GOLS DE PELÉ,
VIDA E OBRA
terça-feira, 23 de outubro de 2018
FELIZ ANIVERSÁRIO REI PELÉ!!! 78 ANOS DE VIDA, 61 ANOS DE REINADO ABSOLUTO
Tudo já foi dito e escrito acerca do Rei Pelé.
Nos últimos 61 anos qualquer estrela que surgiu no futebol mundial foi comparada com o Rei.
O Rei Pelé, que parou de jogar em 1977, continua a ser a referência.
Nestas últimas 6 décadas, surgiram nomes como Cruyff, Messi, CR7, Zico, Maradona, Rivellino, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Zidane, Platini, Baggio, George Best, e atualmente, Mbappé e Neymar.
Todos eles, sem exceção, foram comparados com o Rei.
Alguns deles superaram Pelé em um ou outro detalhe, mas no total, nenhum deles conseguiu sequer igualar o Rei, nem chegaram perto. E já não vão a tempo.
Kylian Mbappé é neste momento a estrela mais emergente que poderá igualar o Rei Pelé em Copas do Mundo, além de alguns dos seus companheiros de equipe na seleção da França, se eles conseguirem jogar nas próximas Copas do Mundo em 2022, 2026, 2030 e 2034.
Mbappé venceu sua 1ª Copa do Mundo aos 19 anos de idade e se mantiver o alto nível que vem exibindo, se mantiver a forma física, e principalmente se usar o cérebro e não cair nas armadilhas que a vida certamente lhe trará, ainda terá pela frente, pelo menos, mais 3 ou 4 Copas do Mundo para jogar com 23, 27, 31 e 35 anos de idade.
O tempo dirá se Mbappé conseguirá vencer mais 2 Copas do Mundo.
Ainda assim, faltaria a Mbappé marcar 93 gols por temporada nos próximos 10 anos para igualar o Rei em 1000 gols aos 29 anos de idade.
Mbappé neste momento com 19 anos de idade tem 69 gols marcados.
Pelé com 19 anos de idade já havia marcado 277 gols.
Somando todos os gols de Messi, CR7 e Neymar quando tinham 19 anos de idade, o total não seria 277 gols.
Por detalhes como este, Pelé é Rei há 61 anos.
Como escrevi no início, tudo já foi dito e escrito acerca do Rei Pelé.
Ainda pensei em escrever um texto digno, mas o texto do ano passado diz tudo
( ver AQUI ).
FELIZ ANIVERSÁRIO REI PELÉ!!!
Nos últimos 61 anos qualquer estrela que surgiu no futebol mundial foi comparada com o Rei.
O Rei Pelé, que parou de jogar em 1977, continua a ser a referência.
Nestas últimas 6 décadas, surgiram nomes como Cruyff, Messi, CR7, Zico, Maradona, Rivellino, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Zidane, Platini, Baggio, George Best, e atualmente, Mbappé e Neymar.
Todos eles, sem exceção, foram comparados com o Rei.
Alguns deles superaram Pelé em um ou outro detalhe, mas no total, nenhum deles conseguiu sequer igualar o Rei, nem chegaram perto. E já não vão a tempo.
Kylian Mbappé é neste momento a estrela mais emergente que poderá igualar o Rei Pelé em Copas do Mundo, além de alguns dos seus companheiros de equipe na seleção da França, se eles conseguirem jogar nas próximas Copas do Mundo em 2022, 2026, 2030 e 2034.
Mbappé venceu sua 1ª Copa do Mundo aos 19 anos de idade e se mantiver o alto nível que vem exibindo, se mantiver a forma física, e principalmente se usar o cérebro e não cair nas armadilhas que a vida certamente lhe trará, ainda terá pela frente, pelo menos, mais 3 ou 4 Copas do Mundo para jogar com 23, 27, 31 e 35 anos de idade.
O tempo dirá se Mbappé conseguirá vencer mais 2 Copas do Mundo.
Ainda assim, faltaria a Mbappé marcar 93 gols por temporada nos próximos 10 anos para igualar o Rei em 1000 gols aos 29 anos de idade.
Mbappé neste momento com 19 anos de idade tem 69 gols marcados.
Pelé com 19 anos de idade já havia marcado 277 gols.
Somando todos os gols de Messi, CR7 e Neymar quando tinham 19 anos de idade, o total não seria 277 gols.
Por detalhes como este, Pelé é Rei há 61 anos.
Como escrevi no início, tudo já foi dito e escrito acerca do Rei Pelé.
Ainda pensei em escrever um texto digno, mas o texto do ano passado diz tudo
( ver AQUI ).
Não me canso de escrever esta frase do autor da música
Garota de Ipanema,
"PELÉ é um esportista excepcional
e merece o título de Rei do Futebol.
Teve azar, porque nasceu no Brasil,
onde o sucesso alheio é como uma ofensa pessoal."
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quinta-feira, 27 de setembro de 2018
VÍDEO: Messi ou CR7? Nenhum dos dois. Marta é a melhor:-)
Marta Vieira da Silva Veiga,
merecidamente eleita a melhor futebolista do mundo por 6 vezes e sem sombra de dúvidas, a melhor jogadora feminina de todos os tempos.
Marta é o(a) único(a) futebolista que realmente pode ser comparado(a) com o Rei Pelé,
que quando jogava em sua época não podia concorrer ao prêmio para melhor do mundo.
Se Pelé pudesse ter concorrido, tinha ganho por 7 vezes ( ver AQUI ).
O REI E A RAINHA DO FUTEBOL |
Quem disse esta frase estava cheio de razão.
Não há adjetivos suficientes para descrever a excelência do futebol que a Rainha Marta joga, as imagens abaixo falam por si.
O lendário Alfredo Di Stéfano uma vez em uma entrevista, disse:
"Messi ou CR7? Nenhum dos dois, Pelé era melhor."( ver AQUI )
Se fosse vivo, Di Stéfano certamente diria: "Messi ou CR7? Nenhum dos dois, Marta é melhor".:-)
Aqui vai a minha homenagem à melhor de todos os tempos.
Parabéns Marta, você merece:-)
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sexta-feira, 14 de setembro de 2018
VÍDEOS - 7 NOVOS GOLS INÉDITOS DE PELÉ + GOLS DE ÂNGULO NOVO
Gol de Pelé contra o Benfica de Portugal no Maracanã. |
Qualquer jogador de futebol nos dias de hoje - não interessando se o jogador em questão é bom, mediano, ruim ou muito ruim - tem um registro de vídeo de todos os gols e jogadas praticamente desde a infância (incluindo gols em treinamento).
Dos 1282 gols que Pelé marcou, apenas cerca de 1/3 foram registrados em vídeo.
Mas para a felicidade do futebol, Pelé, durante sua carreira brilhante e inigualável, acumulou milhões e milhões de fãs em todo o mundo, que ficaram encantados e maravilhados com as jogadas e gols do Rei do Futebol.
E como já escrevi em outro post ( AQUI ), esses milhões de fãs espalhados pelo planeta quando encontram um gol inédito do Rei, publicam imediatamente na internet.
Dos 1282 gols que Pelé marcou, apenas cerca de 1/3 foram registrados em vídeo.
Mas para a felicidade do futebol, Pelé, durante sua carreira brilhante e inigualável, acumulou milhões e milhões de fãs em todo o mundo, que ficaram encantados e maravilhados com as jogadas e gols do Rei do Futebol.
E como já escrevi em outro post ( AQUI ), esses milhões de fãs espalhados pelo planeta quando encontram um gol inédito do Rei, publicam imediatamente na internet.
Gol de Pelé contra o País de Gales na Copa do Mundo de 1958, com 17 anos de idade. |
Há alguns anos,
havia cerca de 300 gols.
Hoje, em 2018, já existem
413 gols registrados em vídeo.
O que é extremamente interessante e que todos podem comprovar, é que todos os gols registrados em vídeo que Pelé que marcou,
são completamente
limpos, sem trapaça, sem off-side, sem falta e sem polêmica.
Mais um excelente trabalho do canal youtube
Pelé Edson Arantes do Nascimento.
havia cerca de 300 gols.
Hoje, em 2018, já existem
413 gols registrados em vídeo.
O que é extremamente interessante e que todos podem comprovar, é que todos os gols registrados em vídeo que Pelé que marcou,
são completamente
limpos, sem trapaça, sem off-side, sem falta e sem polêmica.
Mais um excelente trabalho do canal youtube
Pelé Edson Arantes do Nascimento.
domingo, 19 de agosto de 2018
VÍDEO - Pelé fêz coisas que nem o videogame FIFA consegue imitar - Parte 1
Quem costuma ler este blog, já notou que eu sou um grande fã dos videojogos FIFA, principalmente porque os videojogos FIFA me dão a chance de jogar com o Rei Pelé.
O FIFA tem 5 modos, do mais fácil ao mais difícil.
Dizem que Messi e outros fazem jogadas e gols que parecem jogadas e gols da Playstation, mas eu queria ver se alguém consegue fazer na Playstation, no modo mais fácil, o gol no vídeo abaixo, que Pelé marcou no dia 2 de agosto de 1959, com 18 anos de idade, e que o próprio Rei considera o gol mais bonito da sua brilhante e ímpar carreira.
Este gol não foi registrado em vídeo, teve que ser recriado por computador para o filme PELÉ ETERNO.
*Veja mais sobre o gol mais bonito da carreira de Pelé AQUI e AQUI
Pelé fez coisas que nem mesmo a Playstation consegue imitar.
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GOL MAIS BONITO DE PELÉ,
PELÉ e os VIDEOGAMES,
VÍDEOS
domingo, 12 de agosto de 2018
VÍDEO - JOGANDO COM PELÉ NO FIFA 18 - GOLS DE PELÉ PARTE 4 e 5
Nos videogames FIFA da EA Sports, mesmo no modo mais difícil, mesmo jogando contra a PS4, mesmo sabendo que a PS4 transforma jogadores medianos, às vezes jogadores medíocres, em verdadeiros ases da bola, jogar com Pelé torna-se fácil.
Sendo o jogador mais valioso do jogo, com ranking de 98, o Pelé do videogame FIFA é praticamente - senão exatamente - igual ao Pelé verdadeiro, reunindo todas as qualidades que o fizeram o melhor futebolista de todos os tempos.
Eu, para não perder tempo, escolho uma liga européia, no caso a liga portuguesa que tem 18 equipes, e substituo os clubes por seleções nacionais, para jogar 36 jogos no mesmo campeonato, no modo mais difícil do jogo. Das vezes que joguei desta forma, o resultado foi sempre parecido com a foto acima: Pelé sempre com a média de 2 gols por jogo.
Não é necessário enumerar - mais uma vez - as muitas qualidades que o Pelé verdadeiro tinha, basta comparar os lances e gols do Pelé do videogame com os lances e gols do Pelé verdadeiro e notar que a diferença não é muita.
Jogar com Pelé é mais fácil, seja no vídeogame, ou na vida real:-)
PELÉ GOALS - FIFA 18 - PARTE 4
PELÉ GOALS - FIFA 18 - PARTE 5
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PELÉ e os VIDEOGAMES,
VÍDEOS
terça-feira, 17 de julho de 2018
PARTE 6 - VAI SER MUITO DIFÍCIL IGUALAR PELÉ PORQUE...
Vai ser muito difícil igualar Pelé porque...
é verdade que a imprensa esportiva internacional precisa criar mitos, histórias e outras coisas mais para captar a atenção, mas a realidade é assim:
Mbappé não igualou Pelé.
O Rei em sua primeira Copa do Mundo, aos 17 anos de idade, marcou dois gols na final em 1958, Mbappé aos 19, marcou um.
O Rei em sua primeira Copa do Mundo, marcou 6 gols em 4 jogos (com um hat-trick na semifinal contra a França), Mbappé marcou 4 gols em 7 jogos.
Também é verdade que Mbappé é um jovem com muito talento e com apenas 19 anos de idade, já teve a sorte de vencer uma Copa do Mundo na primeira vez que jogou o torneio mais importante do futebol. Messi e CR7 por exemplo, já jogaram 4 Copas do Mundo cada um e não tiveram a sorte de Mbappé.
O que também é verdade é que mais uma vez a história se repete: a imprensa esportiva mundial não comparou Mbappé com Maradona, ou Di Stéfano, ou Cruyff, ou Messi, ou outro qualquer.
A referência para as comparações quando surge uma nova jovem estrela no futebol mundial continua a ser a mesma: o Rei:-)
PARTE 1 AQUI
PARTE 2 AQUI
PARTE 3 AQUI
PARTE 4 AQUI
PARTE 5 AQUI
é verdade que a imprensa esportiva internacional precisa criar mitos, histórias e outras coisas mais para captar a atenção, mas a realidade é assim:
Mbappé não igualou Pelé.
O Rei em sua primeira Copa do Mundo, aos 17 anos de idade, marcou dois gols na final em 1958, Mbappé aos 19, marcou um.
O Rei em sua primeira Copa do Mundo, marcou 6 gols em 4 jogos (com um hat-trick na semifinal contra a França), Mbappé marcou 4 gols em 7 jogos.
Também é verdade que Mbappé é um jovem com muito talento e com apenas 19 anos de idade, já teve a sorte de vencer uma Copa do Mundo na primeira vez que jogou o torneio mais importante do futebol. Messi e CR7 por exemplo, já jogaram 4 Copas do Mundo cada um e não tiveram a sorte de Mbappé.
O que também é verdade é que mais uma vez a história se repete: a imprensa esportiva mundial não comparou Mbappé com Maradona, ou Di Stéfano, ou Cruyff, ou Messi, ou outro qualquer.
A referência para as comparações quando surge uma nova jovem estrela no futebol mundial continua a ser a mesma: o Rei:-)
PARTE 1 AQUI
PARTE 2 AQUI
PARTE 3 AQUI
PARTE 4 AQUI
PARTE 5 AQUI
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CRISTIANO RONALDO,
LIONEL MESSI,
VAI SER DIFÍCIL IGUALAR PELÉ
sábado, 30 de junho de 2018
DE 4 EM 4 ANOS, A LENDA SE TORNA CADA VEZ MAIS FORTE ...e INATINGÍVEL...
Independente de qual país será o vencedor do Copa do Mundo da Rússia,
o mito ganhou ainda mais força e a sua lenda tornou-se ainda mais poderosa, espetacular e fascinante.
Um jogador disputar 4 Copas do Mundo e vencer 3 até pode acontecer outra vez,
mas eu duvido muito que aconteça.
Estamos falando sobre um período com um mínimo de 8 anos e um máximo de 12 anos para que qualquer jogadoe de futebol consiga vencer 3 Copas.
É quase surreal, impossível, inimaginável...mas não para ELE :-)
Como escrevi há tempos atrás, a Copa do Mundo é um torneio que se disputa de 4 em 4 anos. Se você tem 20 anos de idade e falhar, só aos 24 anos de idade você terá outra chance, se conseguir lá chegar outra vez.
ELE com 17 anos de idade, venceu pela primeira vez e com 29 anos de idade venceu pela terceira vez. E até 2022, ninguém conseguirá chegar perto.
o mito ganhou ainda mais força e a sua lenda tornou-se ainda mais poderosa, espetacular e fascinante.
Um jogador disputar 4 Copas do Mundo e vencer 3 até pode acontecer outra vez,
mas eu duvido muito que aconteça.
Estamos falando sobre um período com um mínimo de 8 anos e um máximo de 12 anos para que qualquer jogadoe de futebol consiga vencer 3 Copas.
É quase surreal, impossível, inimaginável...mas não para ELE :-)
Como escrevi há tempos atrás, a Copa do Mundo é um torneio que se disputa de 4 em 4 anos. Se você tem 20 anos de idade e falhar, só aos 24 anos de idade você terá outra chance, se conseguir lá chegar outra vez.
ELE com 17 anos de idade, venceu pela primeira vez e com 29 anos de idade venceu pela terceira vez. E até 2022, ninguém conseguirá chegar perto.
domingo, 3 de junho de 2018
A revista "Four-Four-Two" tem qualquer coisa contra Pelé: inveja, má fé, raiva ou tudo junto
A revista Four-Four-Two divulgou uma lista com os 25 melhores jogadores de todas as Copas do Mundo, e novamente colocou Maradona em 1º lugar e o Rei - desta vez - ficou em 2º lugar ( a mesma revista havia colocado Pelé em 3º lugar nos 100 melhores jogadores de todos os tempos, atrás de Messi, ver AQUI).
Os critérios esquisitos usados pela revista, onde não perdoaram nada a Pelé e perdoaram tudo a Maradona, foram questionados AQUI.
Pelé dominava todos os fundamentos do futebol:
passes, chutes, visão de jogo ou dribles (com as duas pernas), jogo de cabeça,
e quando foi necessário, jogou como goalkeeper por 4 ocasiões, já que naquela época não haviam substituições.
Além disso, segundo as palavras de vários companheiros de equipe durante 2 décadas, Pelé era uma "aberração" física para apenas 1,73 metros de altura.
Pelé tinha força, velocidade, impulsão vertical igual a do jogador de basquete Michael Jordan, visão periférica, instinto matador, etc etc etc, enfim, Pelé era um jogador completo.
Por isso é que o seu ranking final no videogame FIFA 18 é de 98, ou seja quase perfeito.
Quando a mesma revista descreve Pelé como "o mais completo e mais icônico" jogador da história e ao mesmo tempo o coloca atrás de Maradona, não se consegue perceber qual a razão. Só pode ser inveja, má fé, raiva ou tudo junto.
Só um exemplo: Maradona marcou 345 gols em toda a sua carreira.
Pelé aos 20 anos de idade já havia havia marcado 350 gols ( ver AQUI ).
Como já escrevi várias vezes aqui, Pelé não tem que provar nada a ninguém.
Os outros é que têm que tentar pelo menos igualar o que Pelé fez no futebol.
Poucos conseguiram igualar ou superar gols em determinadas competições,
mas no cômputo geral, ainda está para nascer quem consiga igualar ou superar todos os recordes do rei do Futebol.
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PELÉ x MARADONA,
VAI SER DIFÍCIL IGUALAR PELÉ,
VIDA E OBRA
domingo, 27 de maio de 2018
Crônica de Nélson Rodrigues sobre "o gol que Pelé não fêz" + VÍDEO
Em vésperas da Copa do Mundo, vamos falar do Rei de todas elas.
Pelé é famoso pelos seus mais de 1000 gols,
muitos deles antológicos, feitos de todas as maneiras e para todos os gostos.
Mas Pelé também é recordado pelo seus "quase gols", (ver AQUI ) sendo que alguns deles fazem parte da história do futebol. Talvez seja também por isso que Pelé é incomparável, porque é o único jogador na história do futebol que será lembrado pelos gols que marcou, e também pelos gols que ele não marcou:-)
E esta obra-prima inacabada inspirou Nélson Rodrigues, o maior cronista esportivo de sempre no Brasil a escrever mais uma de suas únicas e inesquecíveis crônicas acerca de Pelé.
*Crônica de Nélson Rodrigues publicada no jornal O GLOBO em 6 de junho de 1970, logo após o jogo Brasil x Tcheco-Eslováquia da Copa do Mundo de 1970, acerca d'o gol que Pelé não fêz'.
Pelé é famoso pelos seus mais de 1000 gols,
muitos deles antológicos, feitos de todas as maneiras e para todos os gostos.
Mas Pelé também é recordado pelo seus "quase gols", (ver AQUI ) sendo que alguns deles fazem parte da história do futebol. Talvez seja também por isso que Pelé é incomparável, porque é o único jogador na história do futebol que será lembrado pelos gols que marcou, e também pelos gols que ele não marcou:-)
E esta obra-prima inacabada inspirou Nélson Rodrigues, o maior cronista esportivo de sempre no Brasil a escrever mais uma de suas únicas e inesquecíveis crônicas acerca de Pelé.
O grande sol do "scratch" brasileiro
Nélson Rodrigues |
"Disse Rilke que a glória, o que chamamos glória, é a soma de mal-entendidos em torno de um homem e de uma obra. E não só a glória. Também a desonra pode ser outra soma de mal-entendidos."
Disse Rilke que a glória, o que chamamos glória, é a soma de mal-entendidos em torno de um homem e de uma obra. E não só a glória. Também a desonra pode ser outra soma de mal-entendidos. Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado. Eu próprio, certa vez, desprezei um homem, tive por esse homem a maior náusea ética. Não podia vê-lo sem que minha úlcera desse pulinhos de rã. Sem fazer segredo do meu horror, chamei-o, em público, de cadáver moral.
Eu teria, na ocasião, 17 anos. E o adolescente vive de falsos horrores. Tempos depois, verifiquei que estava errado, errado de alto a baixo. O homem que eu supunha infame era, na verdade, uma dessas nobilíssimas figuras exemplares, um falso defunto moral. Quase um santo.
Eis o que eu queria dizer: — dedico esta crônica aos equívocos que, em certos casos, inauguram a estátua e, em outros, desencadeiam a vaia. Começarei falando de Pelé, o divino crioulo.
Muitíssimas vezes, Pelé foi estátua e, muitíssimas vezes, foi vaia. Eu me lembro de um jogo do scratch brasileiro ( na época, a seleção brasileira também era chamada de o scratch ) em que jogou mal ou, como diz a gíria, jogou pedrinhas. E, no fim de certo tempo, explodia a ira da multidão. No futebol, a apoteose está sempre a um milímetro da vaia. Não sei se todos se lembram de um fato muito curioso. Num jogo Brasil x Inglaterra, aqui, no ex-Maracanã, ao ser anunciado o nome de Julinho, todo o estádio o vaiou. Mas começa o jogo. Julinho fez uma série de jogadas perfeitas, irretocáveis. Em dez minutos, o que era humilhação passou a ser apoteose. E assim Julinho teve a fulminante reabilitação.
Volto a Pelé. Repito que, naquela tarde, ele foi pouquíssimo Pelé. E, então, começou a fúria popular. A ninguém ocorria que o super craque não precisa jogar bem. O perna de pau ( jogador ruim ) é que tem de se matar em campo. De mais a mais, o gênio pode ter as suas nostalgias da burrice. Em outro plano, Sartre, o grande Sartre, andou por aqui e disse coisas de que se envergonharia Luvizaro. Podia dizê-las, porque era Sartre. Por exemplo, afirmou o grande homem: — “O marxismo é inultrapassável”. O já citado Luvizaro não diria isso. Ele sabe que, daqui a quinze minutos, o marxismo pode estar ultrapassado por coisa muito melhor. Mas o que sabe Luvizaro Sartre pode ignorar, porque é Sartre.
E, em qualquer jogo de futebol, seja clássico ou pelada, Pelé pode fazer tudo, porque é Pelé. Se Pelé abrir a Revista do Rádio no meio do campo, ele estará usando um dos privilégios do gênio. Mas a multidão não perdoa, em Pelé, um passe errado. Se vinha o adversário e frustrava o seu drible, Pelé era quase apedrejado como uma adúltera bíblica. Éramos, ao todo, umas 150 mil pessoas. E dizíamos, uns aos outros, que Pelé já não era o mesmo. Houve um, mais afoito, que declarou: — “Pelé está morto.”
Ninguém protestou. Ou por outra, houve, sim, um protesto. Estava lá o Manoel Duque, que reagiu e gritou: — “Pelé continua sendo o maior jogador do mundo.” E, como um outro resmungasse, o Duque repetia: — “O maior jogador do mundo, em todos os tempos.” Mas, como ia dizendo: — vaiaram Pelé os noventa minutos. Posso dizer que influiu na vaia, além do mais, um certo cansaço, um certo tédio do mito. A multidão precisa destruir os mitos que promove.
A partir de então, não só o homem de arquibancada, também os “entendidos”, também os técnicos, também os cronistas começaram a meter a picareta na estátua de Pelé. Tem sido uma alegre demolição. O crioulo passou a ser o responsável por todos os males que afligiam a seleção. Fui a um sarau de grã-finos e lá ouvi alguém jurar: — “Pelé morreu para o futebol.”
Chegou a correr a notícia de que seria barrado do scratch e do Santos FC. Ou por outra: — do Santos FC, não, porque seu nome ainda é bilheteria. Cheguei a imaginar que, humilhado, ofendido, ele próprio saísse da seleção. Mas diz a minha vizinha gorda e patusca: — “Nada como um dia depois do outro.”
Já na classificação ( para a Copa do Mundo de 1970), Pelé teve momentos de Pelé. Mas insistíamos, obsessivamente: — “Não é o mesmo! Não é o mesmo!” E, para todo mundo, menos o Manoel Duque, já deixara de ser o maior jogador do mundo. Duque vivia repetindo: — “Mesmo jogando a metade do que sabe, ainda é o maior.” Até que chegou a primeira partida do Brasil, na Copa contra os tchecos. Ora, segundo todos os críticos de futebol, a Tchecoslováquia era um dos mais formidáveis concorrentes ao título mundial. Enquanto o Brasil se preparava em quinze dias, ela se cuidou durante quatro anos. Era assim uma potência da Jules Rimet.
Desde os primeiros momentos sentiu-se que o Rei era um falso defunto do futebol ou, mais do que isso, um salubérrimo defunto, a explodir de saúde. Aliás, recuando um pouco, eu poderia falar do jogo recente, aqui, no Mário Filho, contra a Áustria, onde Pelé foi maravilhosamente Pelé. Mas o que importa, de momento, é a nossa estreia de quarta-feira. Foi, em primeiro lugar, um homem isento de idade, isento de tempo, com uma vitalidade de 17 anos. Defendeu e atacou, estava em todas as posições ao mesmo tempo. Inventou jogadas que nenhum outro jogador faria, em qualquer tempo.
Foi no primeiro tempo? Não: — no segundo. Exatamente, no segundo tempo. l x l ainda no marcador. Recomeça a partida e Pelé estava ainda no campo brasileiro. Apanha a bola. E, súbito, recebe a visita do próprio gênio. Viu que o goleiro tcheco estava fora de posição, muito adiantado. Fez, então, o que não ocorreria a ninguém. De onde estava, deu um prodigioso tiro de cobertura. A TV, que não sabe fantasiar e tem o escrúpulo da mais exata veracidade, descreveu-nos o lance.
A câmera, numa tomada por trás do gol, mostra toda a curva implacável da bola. Por um momento, ninguém entendeu. Por que Pelé não passou? Por que atirava de tão espantosa distância? E o goleiro custou a perceber que era ele a vítima. Seu horror teve qualquer coisa de cômico. Pôs-se a correr, em pânico. De vez em quando, parava e olhava. Lá vinha a bola. Parecia uma cena d’Os três patetas. E, por um fio, não entra o mais fantástico gol de todas as Copas passadas, presentes e futuras. Os tchecos parados, os brasileiros parados, os mexicanos parados — viram a bola tirar o maior fino da trave. Foi um cínico e deslavado milagre não ter se consumado esse gol tão merecido. Aquele foi, sim, um momento de eternidade do futebol.
Pelé nunca foi tão alto no seu gênio. Mas por que fez isso? Simplesmente, ali o Rei se vingava das nossas vaias. E não só ele: — também o scratch, todo o scratch. Bem sei que as hienas da crônica ainda uivam contra a defesa. “Há falhas, há falhas”, rosnam as hienas (nas minhas crônicas as hienas rosnam). Lendo certos colegas, eu penso num velho episódio. Estava eu em Teresópolis, num edifício de apartamentos. Desci com a cachorrinha. Fazia uma diáfana manhã parnasiana, de um azul de soneto. No jardim, eu tremia. E, de repente, lá da janela, um vizinho pôs-se a esbravejar. Sabem por quê? Porque a cadelinha acabara de sujar o gramado. E, então, o sujeito achou que a porcaria mínima era mais importante, mais transcendente do que o céu, a floresta, a luz, as fontes, os pássaros. Assim fazem os cronistas que esquecem uma exibição deslumbrante para catar pequenas falhas que têm, cada uma, o tamanho de uma pulga.
Amanhã jogaremos com a Inglaterra. Eu sei que a Inglaterra é grande. Mas nós somos maiores, porque somos Brasil, imensamente Brasil, eternamente Brasil.
Disse Rilke que a glória, o que chamamos glória, é a soma de mal-entendidos em torno de um homem e de uma obra. E não só a glória. Também a desonra pode ser outra soma de mal-entendidos. Qualquer um de nós já amou errado, já odiou errado. Eu próprio, certa vez, desprezei um homem, tive por esse homem a maior náusea ética. Não podia vê-lo sem que minha úlcera desse pulinhos de rã. Sem fazer segredo do meu horror, chamei-o, em público, de cadáver moral.
Eu teria, na ocasião, 17 anos. E o adolescente vive de falsos horrores. Tempos depois, verifiquei que estava errado, errado de alto a baixo. O homem que eu supunha infame era, na verdade, uma dessas nobilíssimas figuras exemplares, um falso defunto moral. Quase um santo.
Eis o que eu queria dizer: — dedico esta crônica aos equívocos que, em certos casos, inauguram a estátua e, em outros, desencadeiam a vaia. Começarei falando de Pelé, o divino crioulo.
Muitíssimas vezes, Pelé foi estátua e, muitíssimas vezes, foi vaia. Eu me lembro de um jogo do scratch brasileiro ( na época, a seleção brasileira também era chamada de o scratch ) em que jogou mal ou, como diz a gíria, jogou pedrinhas. E, no fim de certo tempo, explodia a ira da multidão. No futebol, a apoteose está sempre a um milímetro da vaia. Não sei se todos se lembram de um fato muito curioso. Num jogo Brasil x Inglaterra, aqui, no ex-Maracanã, ao ser anunciado o nome de Julinho, todo o estádio o vaiou. Mas começa o jogo. Julinho fez uma série de jogadas perfeitas, irretocáveis. Em dez minutos, o que era humilhação passou a ser apoteose. E assim Julinho teve a fulminante reabilitação.
Volto a Pelé. Repito que, naquela tarde, ele foi pouquíssimo Pelé. E, então, começou a fúria popular. A ninguém ocorria que o super craque não precisa jogar bem. O perna de pau ( jogador ruim ) é que tem de se matar em campo. De mais a mais, o gênio pode ter as suas nostalgias da burrice. Em outro plano, Sartre, o grande Sartre, andou por aqui e disse coisas de que se envergonharia Luvizaro. Podia dizê-las, porque era Sartre. Por exemplo, afirmou o grande homem: — “O marxismo é inultrapassável”. O já citado Luvizaro não diria isso. Ele sabe que, daqui a quinze minutos, o marxismo pode estar ultrapassado por coisa muito melhor. Mas o que sabe Luvizaro Sartre pode ignorar, porque é Sartre.
E, em qualquer jogo de futebol, seja clássico ou pelada, Pelé pode fazer tudo, porque é Pelé. Se Pelé abrir a Revista do Rádio no meio do campo, ele estará usando um dos privilégios do gênio. Mas a multidão não perdoa, em Pelé, um passe errado. Se vinha o adversário e frustrava o seu drible, Pelé era quase apedrejado como uma adúltera bíblica. Éramos, ao todo, umas 150 mil pessoas. E dizíamos, uns aos outros, que Pelé já não era o mesmo. Houve um, mais afoito, que declarou: — “Pelé está morto.”
Ninguém protestou. Ou por outra, houve, sim, um protesto. Estava lá o Manoel Duque, que reagiu e gritou: — “Pelé continua sendo o maior jogador do mundo.” E, como um outro resmungasse, o Duque repetia: — “O maior jogador do mundo, em todos os tempos.” Mas, como ia dizendo: — vaiaram Pelé os noventa minutos. Posso dizer que influiu na vaia, além do mais, um certo cansaço, um certo tédio do mito. A multidão precisa destruir os mitos que promove.
A partir de então, não só o homem de arquibancada, também os “entendidos”, também os técnicos, também os cronistas começaram a meter a picareta na estátua de Pelé. Tem sido uma alegre demolição. O crioulo passou a ser o responsável por todos os males que afligiam a seleção. Fui a um sarau de grã-finos e lá ouvi alguém jurar: — “Pelé morreu para o futebol.”
Chegou a correr a notícia de que seria barrado do scratch e do Santos FC. Ou por outra: — do Santos FC, não, porque seu nome ainda é bilheteria. Cheguei a imaginar que, humilhado, ofendido, ele próprio saísse da seleção. Mas diz a minha vizinha gorda e patusca: — “Nada como um dia depois do outro.”
Já na classificação ( para a Copa do Mundo de 1970), Pelé teve momentos de Pelé. Mas insistíamos, obsessivamente: — “Não é o mesmo! Não é o mesmo!” E, para todo mundo, menos o Manoel Duque, já deixara de ser o maior jogador do mundo. Duque vivia repetindo: — “Mesmo jogando a metade do que sabe, ainda é o maior.” Até que chegou a primeira partida do Brasil, na Copa contra os tchecos. Ora, segundo todos os críticos de futebol, a Tchecoslováquia era um dos mais formidáveis concorrentes ao título mundial. Enquanto o Brasil se preparava em quinze dias, ela se cuidou durante quatro anos. Era assim uma potência da Jules Rimet.
Desde os primeiros momentos sentiu-se que o Rei era um falso defunto do futebol ou, mais do que isso, um salubérrimo defunto, a explodir de saúde. Aliás, recuando um pouco, eu poderia falar do jogo recente, aqui, no Mário Filho, contra a Áustria, onde Pelé foi maravilhosamente Pelé. Mas o que importa, de momento, é a nossa estreia de quarta-feira. Foi, em primeiro lugar, um homem isento de idade, isento de tempo, com uma vitalidade de 17 anos. Defendeu e atacou, estava em todas as posições ao mesmo tempo. Inventou jogadas que nenhum outro jogador faria, em qualquer tempo.
Foi no primeiro tempo? Não: — no segundo. Exatamente, no segundo tempo. l x l ainda no marcador. Recomeça a partida e Pelé estava ainda no campo brasileiro. Apanha a bola. E, súbito, recebe a visita do próprio gênio. Viu que o goleiro tcheco estava fora de posição, muito adiantado. Fez, então, o que não ocorreria a ninguém. De onde estava, deu um prodigioso tiro de cobertura. A TV, que não sabe fantasiar e tem o escrúpulo da mais exata veracidade, descreveu-nos o lance.
A câmera, numa tomada por trás do gol, mostra toda a curva implacável da bola. Por um momento, ninguém entendeu. Por que Pelé não passou? Por que atirava de tão espantosa distância? E o goleiro custou a perceber que era ele a vítima. Seu horror teve qualquer coisa de cômico. Pôs-se a correr, em pânico. De vez em quando, parava e olhava. Lá vinha a bola. Parecia uma cena d’Os três patetas. E, por um fio, não entra o mais fantástico gol de todas as Copas passadas, presentes e futuras. Os tchecos parados, os brasileiros parados, os mexicanos parados — viram a bola tirar o maior fino da trave. Foi um cínico e deslavado milagre não ter se consumado esse gol tão merecido. Aquele foi, sim, um momento de eternidade do futebol.
Pelé nunca foi tão alto no seu gênio. Mas por que fez isso? Simplesmente, ali o Rei se vingava das nossas vaias. E não só ele: — também o scratch, todo o scratch. Bem sei que as hienas da crônica ainda uivam contra a defesa. “Há falhas, há falhas”, rosnam as hienas (nas minhas crônicas as hienas rosnam). Lendo certos colegas, eu penso num velho episódio. Estava eu em Teresópolis, num edifício de apartamentos. Desci com a cachorrinha. Fazia uma diáfana manhã parnasiana, de um azul de soneto. No jardim, eu tremia. E, de repente, lá da janela, um vizinho pôs-se a esbravejar. Sabem por quê? Porque a cadelinha acabara de sujar o gramado. E, então, o sujeito achou que a porcaria mínima era mais importante, mais transcendente do que o céu, a floresta, a luz, as fontes, os pássaros. Assim fazem os cronistas que esquecem uma exibição deslumbrante para catar pequenas falhas que têm, cada uma, o tamanho de uma pulga.
Amanhã jogaremos com a Inglaterra. Eu sei que a Inglaterra é grande. Mas nós somos maiores, porque somos Brasil, imensamente Brasil, eternamente Brasil.
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NÉLSON RODRIGUES
quinta-feira, 19 de abril de 2018
VÍDEO - PELÉ GOLS FIFA 18 (PARTE 3) - Se Pelé jogasse hoje em dia, seria assim...
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sábado, 24 de março de 2018
domingo, 18 de março de 2018
PARTE 6 - O que eles fizeram ou fazem hoje, Pelé já havia feito antes
BBC Sport Academy:
Imagine um jogador com a velocidade de Michael Owen,
a capacidade técnica de Thierry Henry,
a capacidade de cabeceio de Alan Shearer
e a capacidade de finalização de Ruud van Nistelrooy.
Imaginou? Bem, este jogador que você imaginou é apenas 50% do que era Pelé:-)
Neste vídeo abaixo - mais um excelente trabalho do canal youtube BELLA KONA
- você vai ver jogadas de Zidane, Ronaldinho Gaúcho, Maradona e Dennis Bergkamp.
E vai notar que o que eles fizeram, que em muitas vezes foram chamados de gênios ou extraterrestres, Pelé já havia feito antes:-)
a capacidade técnica de Thierry Henry,
a capacidade de cabeceio de Alan Shearer
e a capacidade de finalização de Ruud van Nistelrooy.
Imaginou? Bem, este jogador que você imaginou é apenas 50% do que era Pelé:-)
Neste vídeo abaixo - mais um excelente trabalho do canal youtube BELLA KONA
- você vai ver jogadas de Zidane, Ronaldinho Gaúcho, Maradona e Dennis Bergkamp.
E vai notar que o que eles fizeram, que em muitas vezes foram chamados de gênios ou extraterrestres, Pelé já havia feito antes:-)
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"O que eles fizeram ou fazem hoje, Pelé já havia feito antes"
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