Eu não sei se é inveja, raiva, racismo ou tudo junto, mas o fato é que alguns atacam Pelé sem dó nem piedade, por qualquer coisa, por uma simples frase, como se tivesse cometido o pior dos crimes. Não bastaram os 20 anos de carreira em que adversários maldosos também lhe bateram sem dó nem piedade...
Na internet, alguns posts e comentários em blogs e sites sobre futebol tentam a qualquer custo diminuir a obra do Rei do Futebol, que até a data de hoje não foi sequer igualada por nenhum outro jogador de futebol, vivo ou morto,
Como exemplo, alguns que escrevem comentários sem saber o que escrevem, dizem que Pelé jogou na fase do amadorismo, por isso ele marcou tantos gols, Isto é uma mentira repetida muitas e muitas vezes. Quem escreveu isto não sabe, ou omitiu de má fé que o profissionalismo no futebol brasileiro começou na década de 30.
E nas 3 vezes em que Pelé esteve no hospital nos últimos tempos, haviam alguns comentários na internet que eram simplesmente inacreditáveis, alguns inclusive desejando o pior ao Rei, Até parece que os que condenam Pelé por tudo e por nada, são todos eles um poço de virtudes e que nunca cometeram um erro ou um pecado nas suas vidas.
Até parece que todo mundo no Brasil pode errar, exceto Pelé.
Na minha opinião, é inveja, raiva e racismo. Tudo junto.
Porque Pelé é um vencedor nato, e alguns no Brasil não gostam de ver um homem de cor ser recebido em qualquer parte do planeta como se fosse um deus, mesmo tendo deixado o futebol há 38 anos atrás.
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Pelé recebido por milhares num evento esportivo nos Estados Unidos |
Alguns no Brasil não gostam de ver que um homem de cor é uma das 20 personalidades mais marcantes do século,
ou que é o ser humano mais fotografado na história,
ou que é o brasileiro mais biografado na história,
ou que foi recebido 4 vezes na Casa Branca por 4 Presidentes dos EUA,
ou que foi condecorado pela Rainha Elizabeth,
ou que venceu 3 Copas do Mundo,
ou que marcou 1000 gols,
ou que conseguiu fazer com que os Estados Unidos gostassem do soccer,
ou que parou 2 guerras,
ou que foi eleito pelo L'Equipe, COI e Agencia Reuters como o Atleta do Século,
entre muitas e muitas outras coisas...
Eu sei que deve doer bastante a estes brasileiros o fato de no íntimo saberem que vai ser difícil alguém igualar Pelé dentro e fora do futebol, porque quando se fala em história do futebol, ou o melhor de todos os tempos, ou ícone, a primeira imagem que vem à cabeça é... Pelé!!!
Pelé nasceu na cidade de Tres Corações,
venceu tres Copas do Mundo
e por tres vezes foi eleito o Atleta do Século.
Pelé jogou no Santos e no Cosmos, a mãe chama-se Celeste (significa do céu).
Como voces podem ver, está tudo ligado:-)
Pelé, primeiro e único Rei do Futebol, tem 74 anos e deixou os campos quase quatro décadas atrás.
Na fase derradeira de carreira gloriosa, ganhou uns milhões de dólares nos Estados Unidos; dinheiro para forrar o pé de meia. Mesmo após tanto tempo de aposentadoria, não sai de cena. Mais do que isso, ainda incomoda, como nos tempos em que era o terror e o encanto dos adversários.
Não passa semana sem que Pelé apareça na mídia, por publicidade ou por encontro com algum figurão ou por declaração polêmica. E tudo o que diz provoca barulho, proeza reservada só aos personagens realmente importantes, que contam.
Não os meteoros que surgem e desaparecem num estalar de dedos. O mito é forte.
Mas parece que virou obssessão, de uns anos para cá, buscar números, dentro de campo, que diminuam o que Pelé fez. Ou caçar afirmações que o minimizem. Nunca é demais lembrar, que as proezas do Esportista do Século 20 foram obtidas em época sem marketing agressivo, sem tevês a cabo, muito menos mídias sociais, internet ou facebooks, instagrans e twitters. A lenda espalhou-se pela consistência dela mesmo, pelo extraordinário poder de sedução e magia de dribles, gols, carisma do astro.
Pelé, na prática, antecipou-se à globalização.
Pelé é cidadão do mundo, reverenciado por onde passa. O passaporte que apresenta, nas alfândegas, é o sorriso dele. E basta. O documento em papel não significa nada além de formalidade. Os carimbos são estampados com reverência e constrangimento dos agentes de imigração. Pelé provocou trégua numa guerra na África, para que facções inimigas pudessem ir ao estádio vê-lo em ação. Pelé teve expulsão revogada, em amistoso nas Américas, por pressão da torcida, que não admitia sua saída. O juiz voltou atrás.
No Brasil, no entanto, Pelé é desdenhado, muitas vezes ridicularizado. Desrespeitado e diminuído. Nota-se certo prazer mórbido em pesquisar alguma estatística em que ele, supostamente, seja ultrapassado. Reparem como, de vez em quando, aparece uma manchete dizendo que um zé ninguém “marcou o gol que Pelé não conseguiu marcar” (em geral, antes do meio-campo). Pra ficar no superficial.
Pelé já foi cotejado com Di Stefano, Maradona e agora com Messi, para citar os mais famosos. Procuram-se aspectos em que estes craques sejam mais brilhantes do que o brasileiro. Dia desses, saiu que Cristiano Ronaldo está perto de igualar “recorde de gols de Pelé num ano”. Só que tal marca já havia sido estabelecida por Gerd Muller e Messi. Por que a referência a Pelé?
Em recente jogo com o Chile, um repórter de tevê notou que, se Robinho marcasse um gol, superaria Pelé em gols em amistosos contra os vizinhos chilenos! Robinho fez o gol, e o comentarista enfatizou: “Superou Pelé…”
No início dos anos 2000, um jornal descobriu que Robinho tinha início de carreira, no Santos, melhor do que Pelé. Puxa, nossa! Depois, que Neymar tinha aproveitamento melhor do que Pelé. E por aí vai… Um tédio só.
Lamentáveis as armadilhas que armam para Pelé. Por ser acessível, disponível, atencioso, paciente, constantemente cai em armadilhas que lhe são armadas. Como não se nega a responder sobre o que quer que seja – não por empáfia, mas por simplicidade -, comete deslizes. Que na sequência, viram destaque na mídia e motivo de chacota. Mesmo assim, jamais foi grosseiro com imprensa. E poderia sê-lo, pois ele é o Rei. Acima de tudo, é Pelé – por isso não agride, não perde a linha, a altivez.
Não é preciso concordar com o pensamento de Pelé. Ele é incoerente, frágil, imperfeito. Tem medos e comete equívocos, como você, como eu, como o papa, como qualquer ser humano. Ainda bem. Mas é uma instituição, um herói nacional. E como tal deveria sempre ser tratado.
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Pelé o o Príncipe Albert de Mônaco confraternizam na tribuna de honra na Copa do Mundo 2002 |
Um dos muitos exemplos mundo afora que demonstram que, quem é Rei nunca perde a majestade, aconteceu na estréia do Brasil na Copa de 2002 (e provavelmente acontece onde o Rei Pelé esteja presente ou seja convidado).
Foi distribuída uma lista na tribuna de honra com os nomes das autoridades presentes no estádio. Após o nome de cada um dos convidados vips, vinha uma série de referências, títulos, sobrenome completo...
O último nome da lista? “Pelé”. Nem nome, nem sobrenome, nem profissão, nada.
Simplesmente estava escrito "Pelé"...e só!
Não me canso de escrever esta frase do autor da música Garota de Ipanema, o genial Tom Jobim:
"PELÉ é um esportista excepcional
e merece o título de Rei do Futebol.
Teve azar, porque nasceu no Brasil,
onde o sucesso alheio é como uma ofensa pessoal."
Por isso, eu termino este post com a primeira frase:
Eu não sei se é inveja, raiva, racismo ou tudo junto...