Aqui Pelé recebe uma das muitas entradas violentas das quais ele foi vítima durante a sua carreira. O adversário continuou em campo.
As estrelas do futebol de hoje conseguiriam sobreviver sem a proteção da FIFA, UEFA, COMENBOL e todas as outras afiliadas?
O futebol de hoje em dia é bastante vigiado com muito cuidado por 30 câmaras de TV, nada escapa aos olhos do slow-motion em super HD.
E para que a verdade esportiva seja cumprida com rigor e imparcialidade, foi criado o VAR, para ajudar o árbitro em lances polêmicos ou em jogadas ilegais que o árbitro não consegiu ver em tempo real, que prejudicaram uma equipe em benefício do adversário.
Hoje em dia, os árbitros assinalam falta em lances que na época em que Pelé jogava nunca eram assinalados. Por vezes, o jogador leva cartão amarelo ( e às vezes cartão vermelho ) por simplesmente puxar a camisa do adversário. Hoje em dia, o último defensor que cometa falta no jogador adversário que vai sozinho em direção à baliza leva cartão vermelho.
Em 1970, um jogador uruguaio entra com os dois pés nas pernas de Pelé. O uruguaio continuou em campo.
Na época em que Pelé jogava, muitas vezes a tática do adversário era cometer uma falta violenta logo no início do jogo, para tentar lesionar seriamente o melhor jogador do time adversário e assim tirá-lo de campo. Porque nesta época era muito raro o árbitro expulsar alguém do campo na primeira entrada violenta sobre o adversário. Não existiam os cartões amarelo e vermelho, nem haviam substituições. Apenas a partir da Copa do Mundo de 1970 é que os cartões e as substituições entraram em vigor. Pelé era rápido, era esguio, era muito forte fisicamente, mas muitas vezes não conseguiu escapar da violência com que os seus marcadores o "brindavam". Talvez seja por esta razão que atualmente Pelé já não consegue estar de pé. Foram 2 décadas sempre tentando fugir da violência dos defensores adversários. Foram 2 décadas levando porrada nas pernas sem a proteção que a FIFA oferece aos grandes astros do futebol de hoje em dia.
Já havia escrito sobre este assunto AQUIonde mostrei os vídeos de dois verdadeiros craques, Zico e Maradona, que foram vítimas de extrema violência, além das poucas imagens registradas em vídeo onde Pelé é atingido de forma desleal por adversários. As estrelas do futebol de hoje conseguiriam sobreviver sem as 30 câmaras de TV em HD? Sem cartões amarelos e vermelhos? Sem substituições? Sem o Vídeo Árbitro? Sem as punições da FIFA sobre a violência no futebol hoje em dia? Jogadores como Cristiano Ronaldo, que são fortes fisicamente, talvez conseguissem, mas tenho dúvidas de que brilhariam tanto como hoje. E jogadores como Messi e Neymar, não tão fortes fisicamente, quanto tempo iriam aguentar? Pelé aguentou e...brilhou.
Antes de Pelé, o número 10 era apenas....um número:-) Um erro da CBD (na época Confederação Braseileira de Desportos ), que deu origem à CBF ( Confederação Brasileira de Futebol ), quase eliminou o Brasil de sua sexta Copa do Mundo sem, ao menos, entrar em campo. A entidade deixou de dar número aos jogadores no prazo previsto pela organização do Mundial, fato que poderia desclassificar a equipe. Sobrou, então, para o representante do Uruguai, sr. Vilizio, ordenar a numeração, considerada “esdrúxula” pelo jornal A Gazeta Esportiva.
O goleiro Gilmar, por exemplo, ficou com a camisa nº 3. Garrincha, que habitualmente jogava com a camisa 7, jogou com a 11. E Pelé, que tinha apenas 17 anos e, apesar de grande promessa, ainda não era o Rei do Futebol, herdou a camisa 10, número que a partir daí ficaria marcado para sempre como símbolo de craque do time.
Em sua primeira Copa do Mundo, Pelé só entraria em campo no terceiro jogo. Antes de embarcar para o campeonato, em um amistoso contra o Corinthians, no Pacaembu, o adolescente jogador do Santos FC sentiu uma entrada dura de uma defesa durante um jogo treino, e ficou afastado dos gramados. Por isso, assistiu das arquibancadas à vitória em cima da Áustria na estreia e o empate sem gols com a Inglaterra.
“Eu fiquei de fora, mas, para mim, tudo era novidade. Era uma Copa do Mundo”, relembra, em entrevista exclusiva à Gazeta Press. Mas era sua hora de brilhar.
Com o número 10 nas costas e chuteira no pé, fez sua tradicional oração antes de entrar no Estádio Ullevi, em Gotemburgo. Era 15 de junho de 1958, 60 anos depois, Pelé relembra com carinho de sua estreia em Copas do Mundo.
“Apesar de eu ser o jogador mais jovem da Copa, com 17 anos, eu pensava muito no povo brasileiro e na minha família. Estava muito confiante”, conta.
Foi a primeira vez de Pelé e Garrincha, em campo, juntos, defendendo a camisa verde e amarelo. Vitória brasileira, com dois gols de Vavá, o segundo, com passe de Pelé.
“Mas a Seleção não era só Garrincha e Vavá. Toda a nossa equipe estava muito confiante”, lembra o Rei. Saíram ovacionados e os jornais de todo País destacavam o bom futebol do novato, que impressionava os mais fortes rivais. Antes de Pelé o número 10 era apenas um número. Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser a camisa mais cobiçada, e geralmente usada pelo melhor jogador da equipe, usada por alguns dos melhores da História.
Hoje, 1 de janeiro, é dia de aniversário de um dos maiores gênios da história do futebol. Roberto Rivellino faz hoje 74 anos de idade. Está no top-10 da FIFA como um dos mais importantes camisa 10 na história nas Copas do Mundo. Veja os outros 3 posts que fiz sobre Roberto Rivellino AQUI.
Mas hoje, venho homenagear Rivellino, um dos meus ídolos de infância e adolescência, mostrando alguém muito especial, para quem Rivellino era o seu ídolo de infância:-)
No vídeo abaixo: Se o antigo craque da Seleção Brasileira e do Nápoli, Antônio de Oliveira Filho, que tinha a alcunha de "Careca", diz que Maradona beijou o pé esquerdo de Rivelino, quem vai dizer que não?:-)
AQUI, uma reportagem especial da TV TyC Sports de Buenos sobre Roberto Rivellino.
E no vídeo abaixo, uma divertida entrevista de Roberto Rivellino ao CANAL ZICO 10, no youtube.
Pelé é considerado Rei não só pelo conjunto da obra inigualável que fez no futebol.
É também uma das 10 maiores celebridades do século 20, um dos homens mais conhecidos da História.
E mesmo nos dias de hoje, 4 décadas após ter pendurado as chuteiras, onde vai é recebido como se fosse um chefe de estado, uma estrela de cinema, um Rei.
Onde Pelé vai, há multidão e fotógrafos à volta.
Todo o mundo conhece ou já ouviu falar de Pelé, desde reis, rainhas, presidentes, estrelas de cinema e da música, velhos, novos, até o varredor de rua.
E desde sempre, quando surge uma nova estrela no futebol, a comparação inevitável é com o Rei, mas as novas estrelas sempre passa(ra)m de moda, e o Rei permanece como o alvo a abater.